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José Tavares e a revolução impossível
Houve, após o 25 de Abril de 1974, uma hipótese de o povo assumir diretamente o controlo da coisa pública, sem partidos nem representantes, capitalismo nem Estado. Mas os políticos “não estavam virados para aí”. Partidário da anarquia, José Tavares justifica o uso da violência em democracia, para construir hoje, através de ocupações, greves ou assaltos, o mundo que se quer ter amanhã. Mas denuncia a violência espetáculo: o uso da força deve ter um fim, e um inimigo. “O colapso desta civilização”, conta, após décadas de militância, “é uma ambição”.
Inquietações, uma homenagem a José Mário Branco
Hoje, no dia em que se cumpre um ano após a sua morte, ouvimos as respostas de pessoas anónimas à pergunta: “O que é que te inquieta?”
A Resistência: quarentena na rua
Como se faz quarentena sem uma casa? Conversámos com as pessoas que resistem nas ruas de Lisboa, com ou sem pandemias, mesmo quando o distanciamento social e a quarentena são impossíveis.
A casa ou a comida
A partir de 7 de Outubro de 2019, a família de Pedro Salgado pode ser despejada a qualquer momento. Mas a sua história, da companheira, Julieta Salgado, e dos três filhos, está longe de ser única. Hoje, 1 de Outubro de 2019, entra em vigor a primeira Lei de Bases da Habitação nacional.
Bolsonaro: um mito em crise permanente (2/2)
Não foi só a crise económica e o desgaste de tantos anos no Poder do Partido dos Trabalhadores que levou Bolsonaro ao Palácio do Planalto. O “mito” – como lhe chamam os seus apoiantes – cresceu apoiado numa guerra de costumes e isso deu-lhe mais força que tudo. Será a guerrilha ideológica constante suficiente para governar um país do tamanho e com a complexidade do Brasil? Resistirá Bolsonaro aos casos e polémicas quase diários em que o seu governo se vê mergulhado, numa espécie de crise permanente?
Bolsonaro: um mito em crise permanente (1/2)
Como chegou Bolsonaro ao Poder? Recuamos uns bons anos para perceber como o “mito” se tornou o novo presidente do Brasil. Durante décadas uma personagem sem qualquer relevância política, foi-se agigantando até conseguir sentar-se no Palácio do Planalto, a sede do poder executivo federal brasileiro.
Ao mesmo tempo que lidera um governo errático e atolado em recuos e escândalos semanais, o militar na reserva segura bem alto o estandarte da guerra cultural que o ajudou a eleger. Como vive o país entre este fenómeno pop, meio carnavalesco, e uma percepção de crise política e institucional permanente?
James Baldwin. Ninguém sabe o meu nome
James Baldwin, escritor norte-americano, ativista anti-racista, anti-colonialista e anti-imperialista, morreu a 1 de dezembro de 1987. Baldwin foi um dos mais influentes artistas da sua geração e uma das personalidades mais relevantes do movimento pela igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos da América, nas décadas de 50 e 60. Passados 31 anos da sua morte, relembramos a sua vida e obra.
Bairro 6 de Maio: ordem para dividir
No dia 5 de setembro, dezenas de residentes do Bairro 6 de Maio ocuparam o Instituto de Habitação e Requalificação Urbana, em Lisboa, durante mais de cinco horas, exigindo realojamento digno para quem será despejado e verá a sua casa demolida. Neste episódio de Na Rua, ouvimos as histórias de algumas das pessoas que lá estiveram.
A Pequena Sereia, o Caçador e a Amália
Tiago Lila e João Caçador são o duo Fado Bicha. Ao som das suas músicas, descobrimos quem são, falamos de Fado, da origem das Marchas do Orgulho e das lutas por igualdade da comunidade LGBTI – lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais.
Pombal, esta cidade não é para ciganos
O Bairro Margens do Arunca, de construção municipal, enclausura uma comunidade cigana em Pombal. O IC2, o Rio Arunca, uma zona industrial e uma linha férrea são obstáculos à vida de quem lá mora.
Bairro 6 de Maio: ordem para limpar
Uma grande reportagem sobre o processo de demolições em curso no Bairro 6 de Maio, impulsionado pela Câmara Municipal da Amadora, e as histórias de resistência de quem exige habitação e tratamento dignos.
Trilogia do imigrante: trabalhar, descontar, esperar
A Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, foi ocupada por imigrantes que exigiram documentos para todos. Sentaram-se na estrada e cortaram o trânsito.
Desalojados do Bairro 6 de Maio ocupam Ministério do Ambiente
Moradores e moradoras do Bairro 6 de Maio e ativistas ocuparam o Ministério do Ambiente exigindo soluções para as demolições que têm acontecido no bairro da Amadora.
Rock in Riot. Bater o pé à especulação imobiliária
Rock in Riot. No protesto-festa com o lema “Ocupar as Ruas, Reclamar a Cidade” dançou-se contra a especulação imobiliária e os despejos. Ouve aqui.
Chelas City, a capital de Lisboa
Notícias de tiroteios, perseguições de última hora, agressões à polícia e nas escolas. É assim que Chelas é apresentada nos telejornais e nas manchetes dos jornais portugueses. Um antro de violência a menos de dez estações de metro ou 15 minutos de carro da Praça do Comércio, onde turistas queimados pelo sol bebem gins tónicos […]
Casa ocupada em Lisboa ou a utopia do Direito à Habitação
Os ocupantes da casa ocupada em Arroios foram despejados no dia 30 de Janeiro. O nº69 da Rua Marques da Silva está novamente ao abandono enquanto que gente é empurrada para fora da cidade e da sua casa.
Na Zambujeira do Mar, mais de 100 imigrantes pediram documentos para todos
Festival ImigrArte Itinerante foi organizado pela Solidariedade Imigrantes e pela Associação de Nepaleses Residentes em Portugal.
Imigrantes em protesto dormem à porta do SEF
Cerca de 20 imigrantes protestam a demora na entrega do título de autorização de residência em Portugal depois de terem pago a multa e título devidos e cumprirem os requisitos a que a lei obriga.
Outra lei da nacionalidade: “Estou nesta luta desde que nasci”
Reginaldo Spínola, cenógrafo, nasceu em 1986 em Lisboa mas ainda não tem a nacionalidade portuguesa: “Eu estou nesta luta desde que nasci”.
10,000 pessoas encheram as ruas de arco-íris na Marcha do Orgulho LGBTI+ 2017
Mais de 10,000 pessoas preencheram as ruas em Lisboa do Princípe Real à Ribeira das Naus, no Sábado, com as cores do arco-íris, em mais uma Marcha do Orgulho LGBTI+ em Lisboa.