Imigrantes

Na Zambujeira do Mar, mais de 100 imigrantes pediram documentos para todos

No passado domingo, dia 12 de Novembro, a equipa do É Apenas Fumaça saiu à rua, viajando de autocarro com várias dezenas de imigrantes e ativistas desde a Rua da Madalena, na Baixa de Lisboa, até à Zambujeira do Mar, em Odemira, no Alentejo, para dar voz ao ImigrArte Itinerante.

A freguesia onde dezenas de milhares de pessoas passam todos os anos uma semana do seu Verão durante o festival MEO Sudoeste, é também casa para centenas de imigrantes vindos dos mais variados países e que, dia sim dia sim, apanham as frutas e os legumes que enchem os supermercados do país.

Estes imigrantes, que são o pulmão da apanha de laranja, maçã, e morango e framboesas, quando é a época, são também deixados à espera meses e meses, anos e anos, para regularizarem a sua situação. “Espera” é uma palavra que todos e todas sabem, mesmo para os e as que ainda nem arranham o português. É a palavra que ouvem variadíssimas vezes enquanto tentam navegar através do processo que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem vindo a complicar ao longo do tempo.

O ImigrArte Itinerante foi organizado pela Solidariedade Imigrante e pela Associação de Nepaleses Residentes em Portugal, e contou com workshops, discussões, uma peça de Teatro e momentos musicais. Conversámos com imigrantes que ainda hoje esperam por documentos – alguns há mais de 2 anos – e também com ativistas que, do seu lado, fazem a luta. Exigiu-se documentos para todos e uma Europa sem fronteiras, de igualdade, liberdade e fraternidade.

Para ouvires a segunda parte da nossa cobertura do ImigrArte Itinerante, em que conversámos com a Jéssica Lopes sobre o processo de obtenção de autorização de residência e sobre as mudanças que têm acontecido no SEF e no Ministério da Administração Interna, clica aqui.

Fotografia: Solidariedade Imigrante

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