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Jornalismo independente, progressista e dissidente
Miguel Bragança preside ao Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, desde 2018, é psiquiatra no Hospital de São João e professor auxiliar convidado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Nesta entrevista, gravada no início de junho, fala sobre a psiquiatria no Sistema Nacional de Saúde e no terceiro setor, olha para a saúde mental em tempo de pandemia e analisa as profundas desigualdades de acesso a tratamento psiquiátrico e psicológico, em Portugal.
Figura incontornável da pedopsiquiatria e da psicanálise em Portugal, António Coimbra de Matos dedicou grande parte da sua vida a tentar entender a depressão. Em entrevista, fala sobre a relação das doenças mentais com a família e o trabalho. Esta entrevista integra uma grande reportagem sobre saúde mental e prevenção do suicídio que publicaremos no futuro.
Como se faz quarentena sem uma casa? Conversámos com as pessoas que resistem nas ruas de Lisboa, com ou sem pandemias, mesmo quando o distanciamento social e a quarentena são impossíveis.
Em 2017, o governo de António Costa pediu a uma comissão técnica para avaliar a implementação do Plano Nacional de Saúde Mental – estagnado por seis anos depois da intervenção da troika – e projetar propostas prioritárias até 2020. No ano passado, quando assumiu a direção do Programa Nacional de Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde, Miguel Xavier relançou o plano e, desde então, repete um alerta: as metas desenhadas para 2016, estendidas até o próximo ano, terão que levar um novo esticão. “Estou convencido de que em seis anos se pode implementar o plano. Não é até 2020”, afirma. Mas, no final, o que o fará mexer é o investimento e vontade política: “O Plano de Saúde Mental precisa de ter apoio político. Não basta dizer que é prioritário, é preciso que tenha uma tradução financeira.”
Quem trata de uma pessoa dependente, a tempo inteiro, sem poder sair de casa, tem vida para além de cuidar? “Não.” Joaquim Ribeiro é perentório. Zelou a mãe durante cinco anos – todos os dias, sem férias, nem feriados. Tempo em que prestou cuidados sem nenhuma compensação ou ajuda monetária; tempo sem um trabalho formal, que não entrará nas contas da sua reforma. O estatuto para os cuidadores informais é um ponto de partida para melhorar a vida de muita gente, ainda não de toda.
A propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, temos como convidada Ana Matos Pires, psiquiatra, Diretora do Serviço de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e presidenta da Associação ARIS da Planície. Conversámos sobre as décadas falhadas de políticas públicas de saúde mental – a sua opinião, tivemos os planos de ação certos, mas ficaram no papel. Falamos ainda sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde e da nova Lei de Bases da Saúde, que está em revisão neste momento.
Entrevista a Patrícia Câmara, psicóloga clínica, psicanalista, autora do livro “Depressão na Infância e Relações Objectais”, doutoranda na área da Psicossomática e a
Sílvia Ouakinin, médica psiquiatra nos hospitais de Santa Maria e na CUF Infante Santos, doutorada em Psiquiatria e Saúde Mental, professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. São ambas dirigentes da Sociedade Portuguesa de Psicosomática.