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Jornalismo independente, progressista e dissidente
Entre as milhares de vítimas do Daesh, as mulheres e crianças Yazidi eram um alvo preferencial: foram vendidas, torturadas, violadas. O autoproclamado Estado Islâmico distorceu e utilizou o Islão como arma de propaganda para as suas atividades criminosas, utilizando os corpos femininos como moeda de troca sexual e aliciamento de combatentes. Uma mancha na honra das mulheres Yazidi, cuja cultura machista e patriarcal desta religião as obrigou a escolher entre os filhos e a comunidade. Como estão as vítimas a lidar com o trauma da violência que sofreram? E o que têm feito para preservar a memória do genocídio e procurar justiça?
A minoria étnico-religiosa Yazidi é pouco conhecida e pouco falada. No verão de 2014, com a guerra na Síria e a instabilidade no Iraque, uma brutal perseguição por parte dos fundamentalistas do Daesh culminou num genocídio. Para o autoproclamado Estado Islâmico, a cultura e modos de viver dos Yazidi não era dignos e, por isso, deviam ser eliminados. Cerca de 5000 pessoas foram mortas. Mais de 6000 mulheres e crianças foram raptadas, torturadas, escravizadas, violadas. Que povo é este? O que lhe aconteceu? Quem o ajudou?
Ghalia Taki fugiu da Síria para o Gana e depois para Portugal. Quando chegou ao país, em 2014, ficou detida no aeroporto de Lisboa durante vários dias com o seu marido, o filho menor e a mãe. Hoje, é intérprete e mediadora no Serviço Jesuíta aos Refugiados e no projeto LAR. Nesta entrevista, conta a sua história e descreve os obstáculos à integração de refugiados em Portugal e na Europa.
A opinião de Tomás Pereira, sobre a guerra na Síria e a forma como a comunicação social valida dá como garantida a via bélica para resolver a situação.