Saleem Haddad sobre ajuda humanitária e neutralidade

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Saleem Haddad é escritor e trabalhador humanitário palestiniano, de ascendência libanesa, iraquiana e alemã. Como investigador e mediador para organizações internacionais em países de maioria muçulmana, durante a chamada guerra global contra o terror, pós-11 de Setembro, esteve no Iraque, Síria e Iémen, trabalhou sobre os contextos da Somália, Afeganistão e Paquistão. Até que começou a questionar o princípio da neutralidade, que norteava esse trabalho. “Havia este pressuposto de que o trabalho humanitário em si era um ato neutro. E a verdade é que não é um ato neutro quando se vê de onde vem o dinheiro e quem toma as decisões.”

No seio de operações humanitárias internacionais, assistiu a um “enorme desequilíbrio de poder” entre trabalhadores locais e estrangeiros, alvo de denúncia em várias organizações. Desequilíbrios com impacto na forma como fundos são atribuídos, como programas e prioridades são desenhados, e como grandes decisões são tomadas . “E também na forma como somos vistos”, diz Saleem Haddad.

Nesta entrevista, em inglês, falamos sobre ajuda humanitária. Com a jornalista Rafaela Cortez, estamos a escrever uma série de três episódios sobre a indústria de apoio internacional na Palestina que entrará em detalhe em muito do que aqui vais ouvir. Se quiseres acompanhar o progresso desse trabalho, clica aqui.

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