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Poucas pessoas terão influenciado tanto o funcionamento da vigilância portuguesa quanto José Morgado Ribeiro, dono e criador do Grupo 8, fundador de ambas as associações patronais da vigilância – a Associação de Empresas de Segurança (AES), que abandonou, e a Associação Nacional das Empresas de Segurança (AESIRF) – é o autodenominado “indivíduo há mais tempo a trabalhar na segurança privada”.
“Conheço todos os ministros da Administração Interna, desde o 25 de Abril”, gabou-se. Em maio de 2020, na sua mansão, em Cascais, defendeu o seu percurso de décadas no setor como um esforço empresarial honesto. Lembra os seus feitos na defesa de trabalhadores e pequenos empresários dos intentos monopolistas que imputa à AES e das más práticas de contratação pública do Estado português.
Regressado da quasi-reforma para assumir a liderança da AESIRF, foi também, em 2019 e 2020, o principal opositor à aplicabilidade da transmissão de estabelecimento na segurança privada. O esforço deixou-o enredado em teorias conspiratórias, que o associam à origem da Associação Sindical da Segurança Privada, dirigida por um funcionário do seu Grupo 8: Rui Brito da Silva.