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Jornalismo independente, progressista e dissidente
Algures, talvez haja uma empresa de segurança privada em Portugal a cumprir a Lei. Em dois anos de investigação, não a encontrámos.
Sétimo episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
Liderar um sindicato por 40 anos, sem contestação, exige que se saiba fazer uma de duas coisas: frente ao patronato ou à própria oposição interna.
Sexto episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
Um sindicato que joga pelas regras dos patrões é incompetente, corrupto ou apenas perdeu o seu objetivo? Quinto episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
Se a alcunha “Dono Disto Tudo” não tivesse surgido nos corredores do Banco Espírito Santo, bem podia ter sido inventada no setor da segurança privada.
Quarto episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
Em 12 anos, o Estado gastou mais de mil milhões de euros em segurança privada. É o maior cliente do setor. Estará conscientemente a promover precariedade? Terceiro episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
Do dia para a noite, centenas de seguranças perderam décadas de direitos laborais. Os patrões são claros: não é problema deles. Segundo episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
O Estado detém o monopólio da violência legal. Mas, se assim é, como se explica a ligação umbilical entre a segurança privada e as forças públicas de autoridade?
Este é o primeiro episódio da série “Exército de Precários”, uma investigação de dois anos sobre a segurança privada em Portugal.
Falámos com Anabela Rodrigues, dirigente do Grupo Teatro do Oprimido de Lisboa, mediadora na associação Solidariedade Imigrante e candidata não eleita ao Parlamento Europeu pelo Bloco de Esquerda, nas eleições Europeias de 2019, sobre o SEF e políticas de imigração.
A propósito do acordo de incidência parlamentar entre as Direitas e a extrema-direita nos Açores, entrevistámos Raquel Vaz-Pinto, cientista política e investigadora do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa. É militante do CDS/PP, onde foi conselheira na Comissão Executiva da ex-líder Assunção Cristas, e número três nas listas às Eleições Europeias de 2019. É uma das subscritoras do manifesto “A clareza que defendemos”, um posicionamento político de figuras da Direita Portuguesa crítico da ascensão da extrema-direita, publicado no início de novembro.
Hoje, no dia em que se cumpre um ano após a sua morte, ouvimos as respostas de pessoas anónimas à pergunta: “O que é que te inquieta?”
Nesta entrevista gravada online, num evento organizado pela associação sem fins lucrativos Academia Cidadã, conversamos com Paulo Pena, jornalista e fundador do Investigate Europe e autor de “Fábrica de Mentiras. Uma viagem ao mundo das fake news”. Falamos sobre a indústria das notícias falsas em Portugal, o papel do jornalismo na propagação e no combate à desinformação, a regulação das plataformas digitais e as eleições estadunidenses da próxima semana. Ouve aqui.
Os Açores são a região mais pobre e mais desigual de Portugal. A 25 de outubro de 2020, os açorianos votam nas Eleições Legislativas Regionais. Em antecipação, entrevistamos Fernando Diogo, sociólogo e professor na Universidade dos Açores.
Miguel Bragança preside ao Colégio da Especialidade de Psiquiatria da Ordem dos Médicos, desde 2018, é psiquiatra no Hospital de São João e professor auxiliar convidado na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Nesta entrevista, gravada no início de junho, fala sobre a psiquiatria no Sistema Nacional de Saúde e no terceiro setor, olha para a saúde mental em tempo de pandemia e analisa as profundas desigualdades de acesso a tratamento psiquiátrico e psicológico, em Portugal.
Ao longo de anos, empresas prestadoras de serviços e multinacionais fizeram crescer nas suas explorações agrícolas no sudoeste alentejano autênticas aldeias de contentores. Quatro paredes metálicas com poucas dezenas de metros quadrados servem de casa para centenas de imigrantes. Muitos são mal pagos, precários, e têm pouca ou nenhuma proteção social. No debate “Exploração da gente para a exploração da terra”, gravado ao vivo no Festival Política, em Lisboa, conversámos com Inês Cabral, que fez uma tese de mestrado sobre a receção e o impacto da imigração no concelho de Odemira, e Inês Fonseca, porta-voz do movimento Chão Nosso.
Figura incontornável da pedopsiquiatria e da psicanálise em Portugal, António Coimbra de Matos dedicou grande parte da sua vida a tentar entender a depressão. Em entrevista, fala sobre a relação das doenças mentais com a família e o trabalho. Esta entrevista integra uma grande reportagem sobre saúde mental e prevenção do suicídio que publicaremos no futuro.
O maior corpo de segurança do país é privado. São 45 mil pessoas no ativo, das 58 mil autorizadas a trabalhar, com um cartão atribuído pelo Ministério da Administração Interna. Se olharmos com atenção, há menos efetivos no conjunto dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas ou na soma do total de efetivos da PSP e da GNR. Quem vigia os vigilantes? Agostinho Costa, Major-General, fala-nos sobre o conceito de segurança e as forças de segurança privadas e públicas.
Na última década, vários dos chamados “gestores de topo” portugueses têm sido, um a um, afastados das suas funções por alegada má gestão e corrupção, entre outras razões – umas mais legais que outras. De Zeinal Bava e Ricardo Salgado a António Mexia. Como se explica que tantos líderes das maiores empresas portuguesas caiam do pedestal?
Esta entrevista faz parte de uma investigação Fumaça que procura responder à pergunta: “O que faz com que uma pessoa esteja mais perto do poder?”.
Como qualquer cidadão, uma pessoa presa tem direito a trabalhar e não pode ser obrigada a fazê-lo, se assim não o desejar. No entanto, na maioria dos casos, não recebe o mesmo pelo mesmo trabalho feito por uma pessoa livre. Longe disso. “Há pessoas presas que trabalham sete a oito horas por dia, em linhas de produção, têm hierarquia e recebem 60 euros por mês. O trabalho mais bem pago dentro da prisão não chega a cinco euros por dia – e é o Estado português que paga”, diz Marco Ribeiro Henriques, jurista e investigador em Direitos Humanos, Direito penal e Política Criminal, com especial foco no trabalho prisional e na condição das mulheres presas.
Como se faz quarentena sem uma casa? Conversámos com as pessoas que resistem nas ruas de Lisboa, com ou sem pandemias, mesmo quando o distanciamento social e a quarentena são impossíveis.
Até ao fim do 2019, uma petrolífera planeia furar em Aljubarrota e na Bajouca, em busca de gás natural. Nesta série de quatro episódios, contamos as histórias por contar, os bastidores, a oposição das populações e as promessas da empresa. Meses de investigação não deixam dúvidas: as decisões nacionais e europeias estão a salvar a indústria do gás.
Emellin de Oliveira é investigadora em Direito de Imigração e Asilo, atualmente a estudar a securitização da migração na União Europeia. Nesta entrevista, falta sobre refugiados climáticos e as possibilidades de proteção internacional de pessoas forçadas a migrar por causa da crise climática.
Desde o chamado período colonial, pessoas e recursos fluem do Sul para o Norte, de uma forma muitas vezes violenta. A crise climática reflete esse mesmo desequilíbrio de forças e deixou à vista uma dívida ecológica histórica por pagar.
Carla Amado Gomes é especialista em Direito Ambiental e professora na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Nesta entrevista, fala sobre as questões que a crise climática coloca ao Direito, os litígios climáticos contra os Estados e a responsabilidade histórica dos países industrializados.
Em junho de 1972, um acordo internacional das Nações Unidas assumiu uma nova maneira de pensar a relação com o ambiente. Em Estocolmo, líderes dos Estados-membros reconheceram, pela primeira vez, a existência de alterações climáticas provocadas pelas atividades humanas. Nos 48 anos que passaram desde então, as emissões globais de gases com efeito de estufa duplicaram.
Em 2011, Ioane Teitiota pediu à Nova Zelândia que o reconhecesse como o primeiro refugiado climático do mundo. Kiribati, o pequeno arquipélago no Pacífico onde vive com a mulher e os três filhos, poderá estar praticamente submerso em 2050. A sua luta terminou sem sucesso. E, ainda hoje, os refugiados climáticos caem pelas brechas da lei de asilo.
Lúcia Bayan, doutoranda em Estudos Africanos, dedica-se há mais de uma década ao estudo das sociedades e do sistema político da etnia felupe na Guiné-Bissau. Esta é uma entrevista sobre a história de uma aldeia em risco de ser engolida pelo mar.
Quando a guerra chegou, a Síria estava a sair de cinco anos de seca extrema que devastaram o país. Cerca de 800.000 sírios tinham perdido os seus meios de subsistência, milhares mudaram-se para as cidades. Adam Al Alou, investigador, viu isso de perto. Que papel teve a crise climática em tudo isto?
Os habitantes da tabanca de Djobel, uma pequena aldeia no noroeste da Guiné-Bissau, não compreendem porque está a natureza de que sempre cuidaram a castigá-los. A fábula da serpente é, para alguns, uma forma de fazerem sentido do que lhes está a acontecer. O mar está a subir e a roubar-lhes a terra, as casas, os locais sagrados. A água vai obrigá-los a fugir. Para onde?
O assassinato da vereadora Marielle Franco faz dois anos a 14 de março. Esta semana, entrevistamos a ativista Eliana Sousa Silva, da Redes da Maré, ONG que funciona no Complexo de Favelas da Maré, onde nasceu e se criou Marielle Franco. Na entrevista, ela fala-nos da trajetória de Marielle, do impacto da sua morte e do contexto político e social do complexo de favelas, que sintetiza o estado de crise e crime do Rio de Janeiro e do Brasil.
Líder espiritual ou charlatão? Religioso ou político? Pastor ou empresário? Dogmático ou pragmático? Estas são algumas das perguntas que as brasileiras e os brasileiros fazem a si mesmos diante de um dos seus personagens mais complexos e influentes: o bispo, empresário e – por que não? – político Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD). O jornalista Gilberto Nascimento, autor do livro “O Reino: a história de Edir Macedo e uma radiografia da Igreja Universal”, fala sobre a ascensão política de Edir Macedo e a IURD.
Lê-se numa carta aberta publicada no jornal inglês The Guardian “o governo de Jair Bolsonaro, com a colaboração dos seus aliados de extrema direita, tem destruído aos poucos, de maneira sistemática, as instituições culturais, científicas e educacionais do país, assim como a imprensa”. Entre os signatários estão os compositores Chico Buarque, Caetano Veloso e Milton Hatoum. Esta semana, entrevistamos a jornalista Laura Mattos sobre a guerra cultural no Brasil e os poderes que ainda hoje alimentam a censura
Nuno Lacasta é um dos homens mais poderosos da administração pública portuguesa e, aos poucos, o seu nome e as decisões da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), a que preside desde 2012, têm cada vez mais contestação e escrutínio. Nesta entrevista, falamos da gestão dos recursos hídricos nacionais e dos instrumentos para lidar com a emergência climática, num país que vive maioritariamente no litoral. Da aprovação do novo aeroporto do Montijo aos desafios da participação pública, Lacasta defende a APA como um corpo técnico do Estado e garante não sofrer pressões do poder político.
A autonomia regional tem quatro décadas, mas a história não começou com a Constituição de 1976. Há 200 anos que, pela Madeira, correm as ideias de autonomia, da construção de um poder insular capaz de defender os interesses regionais em Lisboa. A luta seguiu as influências de cada momento, reproduziu a conjuntura internacional favorável aos nacionalismos e ganhou a forma de movimento independentista nas crises do Estado português. A última vez que se discutiu a independência foi durante o PREC e envolveu atentados à bomba e um movimento de libertação: a FLAMA.
Discurso de Ricardo Esteves Ribeiro durante a cerimónia de entrega de Prémios Gazeta 2018. O Fumaça venceu o Prémio Gazeta Revelação com a série “Palestina, histórias de um país ocupado”.
Entre as milhares de vítimas do Daesh, as mulheres e crianças Yazidi eram um alvo preferencial: foram vendidas, torturadas, violadas. O autoproclamado Estado Islâmico distorceu e utilizou o Islão como arma de propaganda para as suas atividades criminosas, utilizando os corpos femininos como moeda de troca sexual e aliciamento de combatentes. Uma mancha na honra das mulheres Yazidi, cuja cultura machista e patriarcal desta religião as obrigou a escolher entre os filhos e a comunidade. Como estão as vítimas a lidar com o trauma da violência que sofreram? E o que têm feito para preservar a memória do genocídio e procurar justiça?
Glenn Greenwald é o jornalista que deu a conhecer Edward Snowden, responsável por revelar o escândalo de vigilância global ilegal dos serviços secretos norte-americanos. Por causa desse trabalho, ele e a equipa do The Guardian USA venceram um Prémio Pulitzer. Co-fundador do The Intercept, foi um dos responsáveis pela série de reportagens que passariam a ser conhecidas como “Vaza Jato”, em referência à mega-operação Lava Jato, que investigou e prendeu dezenas de políticos e empresários poderosos. Na investigação, feita a partir de transcrições de conversas entre Sergio Moro, juiz responsável por várias condenações na Lava Jato (incluindo a de Lula da Silva), e vários membros do Ministério Público Federal (MPF) brasileiro, entre eles Deltan Dallagnol, que comanda a investigação em Curitiba, revela-se que Moro e o MPF trabalhavam juntos, delineando estratégias para condenação dos seus “alvos”. A partir desse momento, Glenn tem sido atacado e ameaçado recorrentemente, até pelo presidente Jair Bolsonaro, que sugeriu que ele pudesse ser preso. Nesta entrevista, fala sobre a Vaza Jato, jornalismo independente e o papel de whistleblowers na sociedade.
30 anos depois da queda do muro de Berlim, ao vivo em Lisboa, António Araújo, jurista e historiador, e Sandra Dias Fernandes, cientista política, especialista em relações internacionais, discutiram o início e fim do muro a que os soviéticos chamaram a “barreira de proteção antifascista”.
A minoria étnico-religiosa Yazidi é pouco conhecida e pouco falada. No verão de 2014, com a guerra na Síria e a instabilidade no Iraque, uma brutal perseguição por parte dos fundamentalistas do Daesh culminou num genocídio. Para o autoproclamado Estado Islâmico, a cultura e modos de viver dos Yazidi não era dignos e, por isso, deviam ser eliminados. Cerca de 5000 pessoas foram mortas. Mais de 6000 mulheres e crianças foram raptadas, torturadas, escravizadas, violadas. Que povo é este? O que lhe aconteceu? Quem o ajudou?
Em 2017, o governo de António Costa pediu a uma comissão técnica para avaliar a implementação do Plano Nacional de Saúde Mental – estagnado por seis anos depois da intervenção da troika – e projetar propostas prioritárias até 2020. No ano passado, quando assumiu a direção do Programa Nacional de Saúde Mental da Direcção-Geral da Saúde, Miguel Xavier relançou o plano e, desde então, repete um alerta: as metas desenhadas para 2016, estendidas até o próximo ano, terão que levar um novo esticão. “Estou convencido de que em seis anos se pode implementar o plano. Não é até 2020”, afirma. Mas, no final, o que o fará mexer é o investimento e vontade política: “O Plano de Saúde Mental precisa de ter apoio político. Não basta dizer que é prioritário, é preciso que tenha uma tradução financeira.”
Nas eleições legislativas de 1975, foram eleitas 19 mulheres e 231 homens (7,6% contra 92,4%). Mas, desde essa altura, muito mudou no que toca à representação parlamentar. No passado 6 de outubro, foi eleito o Parlamento com o maior número de mulheres de sempre – 86 contra 144 – uma percentagem acima da média europeia.
Mas fará desta a Assembleia da República mais feminista? Ao vivo no Trampolim Gerador, conversámos sobre as diferentes “vagas” do movimento feminista, de feminismo interseccional, de feminismo negro e do que falta fazer em Portugal. Como convidadas, tivemos Alexa Santos, assistente social, mestre em estudos de género, sexualidade e teoria queer pela Universidade de Leeds e diretora do departamento de Género e Feminismos do INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal e Manuela Tavares, fundadora e membro da direção da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e doutorada em Estudos sobre as Mulheres pela Universidade Aberta.
Os resultados das eleições legislativas de 6 de outubro abrem caminho para um governo PS sem maioria absoluta. Qual o impacto do novo Parlamento na Saúde? Como será regulamentada a Lei de Bases da Saúde? Que investimento terá o Serviço Nacional de Saúde nos próximos quatro anos?
Durante a noite eleitoral, Ana Matos Pires, psiquiatra, coordenadora regional da saúde mental no Alentejo e Sofia Crisóstomo, co-coordenadora do projeto “Mais Participação, Melhor Saúde”, analisam o impacto que os resultados das eleições legislativas de 2019 poderão ter no SNS e no acesso à Saúde.
As eleições legislativas do passado domingo trouxeram resultados históricos: este será o Parlamento com mais mulheres, com mais partidos e o primeiro com três mulheres negras – Joacine Katar Moreira, Romualda Fernandes e Beatriz Gomes Dias. Ao mesmo tempo, foi eleito um deputado da extrema-direita racista e xenófoba.
Inocência Mata, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Susana Peralta, professora de Economia na Universidade Nova SBE, falam sobre os resultados eleitorais, a formação de governo e a diversidade do novo Parlamento.
O Partido Socialista ganhou as eleições e dele dependem possíveis alterações à legislação laboral. Muitas das medidas aplicadas no tempo da troika ainda não foram revertidas e, José Nuno Matos, sociólogo do trabalho, acha que o Governo se comportou como um agente duplo, tentando “agradar à esquerda e agradar às associações patronais”. Ao mesmo tempo, a geringonça não conseguiu o que queria porque, defende, a esquerda esteve “mais focada nas instituições e menos nas ruas”. Danilo Moreira, ativista e presidente Sindicato dos Trabalhadores de Call Center, considera que “o sindicalismo está a renovar-se” e que “os novos sindicatos são mais democráticos”.
Estará a maioria de esquerda no Parlamento à altura do que é necessário fazer para combater as alterações climáticas e preparar o país para as suas consequências? Pedro Bingre do Amaral, professor no Politécnico de Coimbra, diz que “é da essência da esquerda propor que o consumo vai estar ao alcance de todos”, mas “isso deixou de ser possível”. Já Diogo Silva, ativista no Climáximo, entende que “um país como Portugal não pode continuar a consumir à velocidade que consome”.
Emissão Especial Eleições Legislativas 2019. Em direto a partir das 20h15
Mário Guedes já estava à frente da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) desde abril de 2017, mas em regime de substituição. Quando foi formalmente nomeado, em agosto de 2018, com legitimidade reforçada, não durou três meses no cargo. João Galamba, chegou à secretaria de Estado da Energia e exonerou-o: “não tinha o perfil indicado”. Isto aconteceu dois dias antes da derrocada de uma pedreira em Borba, onde morreram cinco pessoas – “o facto de não ter informação em relação àquela situação é particularmente grave”, denuncia o engenheiro de minas, sobre a dificuldade em liderar um organismo público tão grande e complexo como a DGEG.
Uma entrevista sobre o setor elétrico e energético nacional, a exploração de petróleo, gás natural e lítio, o “absoluto desastre” que é a lei de exploração de recursos geológicos, e a recuperação dos passivos mineiros ambientais por parte da indústria extrativa.
A partir de 7 de Outubro de 2019, a família de Pedro Salgado pode ser despejada a qualquer momento. Mas a sua história, da companheira, Julieta Salgado, e dos três filhos, está longe de ser única. Hoje, 1 de Outubro de 2019, entra em vigor a primeira Lei de Bases da Habitação nacional.
Quando, durante o século XIX, a escravatura foi abolida gradualmente em quase todas as ex-colónias dos impérios europeus, os ex-proprietários de escravizados foram amplamente recompensados pelas alegadas perdas financeiras que o movimento poderia trazer-lhes: passar a tratar pessoas como pessoas seria mau para o negócio. Assim, donos de escravizados foram recebendo compensações monetárias ou a possibilidade de utilizarem negros libertos sem remuneração, durante um período de transição. Por outro lado, em quase nenhum caso houve reparação financeira para os ex-escravizados ou para os seus descendentes. Devemos hoje restituir as ex-colónias portuguesas? Foi para discutir este tema que convidámos Inocência Mata, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa; Luzia Moniz, presidenta da PADEMA – Plataforma para o Desenvolvimento da Mulher Africana; e Solange Rocha, professora no Departamento de História da Universidade Federal da Paraíba.
Há um tratamento que impede a transmissão do VIH com uma eficácia próxima dos 100% – chama-se PrEP (Profilaxia pré-Exposição). O Estado iniciou, em 2018, um projeto experimental utilizando-o, mas quem pagava era a farmacêutica que detinha a patente. Esta ano, esta limitação terminou. A PrEP foi alargada a qualquer pessoa elegível por recomendação médica em todo o Serviço Nacional de Saúde e chegaram ao mercado genéricos. Contudo, as associações comunitárias de luta contra o VIH denunciam a demora na marcação de consultas no SNS e reivindicam formas mais céleres e próximas de acesso e distribuição dos comprimidos. As taxas de novas infeções por VIH, em Portugal, mantêm-se das mais elevadas da União Europeia. A maioria dos novos casos diagnosticados é do sexo masculino, entre homens que fazem sexo com homens. Destes, 79,8% têm entre os 15 e 29 anos. Maria José Campos, médica, e Rui Guerreiro, enfermeiro, refletem sobre as estratégias públicas de combate ao VIH e a implementação da PrEP.
Desde 2013, mais de 9000 famílias foram oficialmente despejadas das suas casas, em Portugal. São mais de quatro por dia. Bruno Verdier, freelancer na área audiovisual, luta com a companheira e a filha contra um despejo iminente, depois da sua senhoria ter anunciado um aumento de renda de 40%, de 500€ para 700€. No passado 21 de setembro, organizamos no Festival Iminente o debate “Direito à habitação: o povo ainda pode morar nas cidades?”, para falar sobre a dimensão da crise nas grandes cidades do país e de soluções para a resolver. Contámos com a presença de Bruno Verdier; Aitor Varea Oro, arquiteto e um dos coordenadores do Habitar Porto; e Rita Silva, presidente da Habita, doutoranda na área da financeirização da habitação.
“Aeroporto? Eventualmente, sim, mas não já como um facto consumado, porque isso do ponto de vista da boa governação ambiental é péssimo.” Carla Amado Gomes, especialista em Direito Ambiental e professora na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, acredita que, em Portugal, a participação pública em projetos com grandes impactes ambientais tem sido descartada. É um formalismo que se segue à tomada de decisão política, diz.
Luís Lima é um homem do mercado. Preside à da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), à Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), e ocupa outros cargos no setor imobiliário e da construção. Numa altura em que proprietários e investidores vêm o seu património valorizado, no melhor período desde a crise de 2008, atravessamos, ao mesmo tempo, a maior carência de habitação a preços acessíveis das últimas décadas. Pode dizer-se que a crise da habitação de uns é a oportunidade de fazer dinheiro de outros?
Entre 1987 e 2011, o Estado central gastou 7 mil milhões de euros em bonificações de juros no crédito à habitação (um apoio estatal que reduz o custo do empréstimo e o torna mais barato e acessível), o que equivale a 73,3% de toda a despesa com políticas públicas de habitação durante esses 25 anos. O resultado está à vista: a percentagem de famílias a viver em casa própria subiu de 57%, em 1981, para 75%, em 2011; em 2015, apenas 2% dos 6 milhões de casas em Portugal eram públicas. Para Ana Cordeiro Santos, economista e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, o Estado português demitiu-se totalmente da “garantia de uma oferta pública de habitação”. E agora que o atual governo lançou a Nova Geração de Políticas de Habitação, com o objetivo de resolver a crise, a coordenadora do livro “A nova questão da habitação em Portugal” diz que é mais do mesmo: “políticas de estímulo fiscal dirigidas aos senhorios para promover o mercado de arrendamento (…) está-se a tentar bonificar as rendas dos senhorios.”
Manuel Margarido Tão, especialista em transportes e planeamento regional, não acredita nas intenções dos governantes para a ferrovia nacional: “Houve, deliberadamente, uma vontade de distorcer a mobilidade e focalizá-la no transporte rodoviário para que depois essa mobilidade ficasse cativa de grupos económicos apoiados pelo Poder e pelas direções dos partidos políticos”, acusa. Defende a construção de uma nova Linha do Norte, critica o abandono do projeto de alta velocidade pelos sucessivos governos e acha uma “aberração” a ponte aérea Lisboa-Porto, bem como a falta de ligações de caminhos-de-ferro a Espanha. Para o professor da Universidade do Algarve, só o investimento estrangeiro, com a entrada de operadores europeus, fruto da liberalização do transporte ferroviário de passageiros, poderá salvar a ferrovia em Portugal.
As áreas protegidas impediram um “certo terrorismo ambiental”. Sem elas, provavelmente, hoje já não existiria uma Ria Formosa e a Costa Alentejana seria “um novo Algarve”, diz o arquiteto paisagista Miguel Jerónimo, membro da direção da associação ambientalista GEOTA – Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente. Mas o modelo é, sobretudo, proibitivo. “Os únicos recursos que as áreas protegidas têm é, eventualmente, passar multas; tornam mais difícil, para um investidor, usar certas práticas insustentáveis. Mas elas continuam a acontecer.” Uma entrevista sobre a reforma da floresta aprovada na atual legislatura, conservação da natureza e gestão das áreas protegidas.
Numa entrevista sobre o Serviço Nacional de Saúde, a presidente da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, Conceição Margalha, defende mais incentivos à ida de médicos para regiões onde fazem falta: regresso das vagas preferenciais ou protocoladas – que terminaram com o anterior governo, em 2015; benefícios para os médicos internos que ocupem vagas em hospitais carenciados na sua área de especialidade e incentivos à mobilidade e formação em hospitais de referência em troca da permanência no hospital carenciado após a especialidade.
Rosário Macário é doutorada em Sistemas de Transportes no Instituto Superior Técnico, professora e coordenadora do Mestrado em Planeamento e Operação de Sistemas de Transportes no mesmo instituto e administradora não executiva da consultora TIS – Transportes, Inovação e Sistemas. Nesta entrevista, fala sobre mobilidade nos centros urbanos; o uso do carro privado em detrimento de transportes coletivos ou partilhados; a descentralização da gestão para as autarquias, que não foi acompanhada pela contratação de técnicos competentes; a redução do preço dos passes únicos que, diz, foi calendarizada para acontecer perto das eleições; e, ainda, o papel da iniciativa privada nos transportes coletivos.
“Quando saí do instituto, tinha 18 milhões de euros parados, que eles não deixaram gastar. E que eu sei que, um mês depois de me ter vindo embora, o Ministério das Finanças levou o dinheiro todo. Não ficou um cêntimo.” O ex-presidente do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (2012-2017) fala sobre as cativações do atual governo, a falta de dinheiro para a implementação de políticas públicas de habitação, o aumento de rendas sociais na última década, a Nova Geração de Políticas de Habitação, anunciada pelo governo, e a aprovação da Lei de Bases da Habitação.
Nesta entrevista, conversamos com Helena Amaro, doutoranda em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e pelo CHAIA – Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora. Falámos sobre a dependência e os apoios ao veículo particular em detrimento dos transportes públicos, da descentralização da gestão dos transportes, da acessibilidade fora dos centros urbanos e da mobilidade como fator de ascensão social.
Nunca como em 2018 houve tantas cirurgias no Serviço Nacional de Saúde, mas pela primeira vez em mais de uma década os hospitais públicos operaram menos. Porque é que isto acontece? Uma entrevista com a médica internista e porta-voz do Movimento SNS in Black, Ana Paiva Nunes, sobre o Serviço Nacional de Saúde, a sua dependência dos privados, a contratação de profissionais e a gratuitidade da saúde.
Entrevista gravada ao vivo, durante o festival Paredes de Coura, com o escritor Valter Hugo Mãe, sobre literatura, cultura, feminismo e racismo. Uma conversa com o autor de livros como “o remorso de baltazar serapião”, vencedor do Prémio Literário José Saramago em 2007; “a máquina de fazer espanhóis”, que venceu o Grande Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e o Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano, em 2010, ou os mais recentes “A desumanização”, de 2013, e “Homens imprudentemente poéticos”, de 2016.
Porque é que o lítio se tornou tão importante em Portugal? De onde deve vir? Os planos do Governo são uma boa notícia para quem mora nos locais concessionados para prospeção ou exploração? São viáveis? Que custos sociais e ambientais têm? Debatemos estas questões no dia 15 de agosto, ao vivo no festival Paredes de Coura, com a ativista Maria Carmo Mendes, a geóloga e ativista Teresa Fontão, o antigo diretor-geral de Energia e Geologia, Mário Guedes, e o geólogo e professor universitário Carlos Leal Gomes.
Ricardo Galvão foi exonerado do cargo de diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no mesmo mês em que a Amazônia se esvai em chamas. O engenheiro e físico liderava a instituição pública que mede o desmatamento da Amazônia mas, a um ano e meio do fim do mandato, foi afastado por rebater as críticas e acusações do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que o acusa de publicar dados falsos. Em entrevista ao Fumaça, fala sobre a forma como os governos do Brasil têm tratado a floresta tropical mais importante do Planeta.
É imenso o hiato entre a qualidade e diversidade dos profissionais da cultura em Portugal e o financiamento que lhes é disponibilizado, acredita Elisabete Paiva, produtora e programadora. O problema ao nível autárquico e estatal – disse-lhe, algumas vezes, a experiência – não é a falta de dinheiro, mas de visão. A multi-instrumentista e compositora Ana Bento conta como é, por vezes, dura a vida de quem “só” vive da arte e, por escolha, não é nómada. Um debate ao vivo, no Festival Bons Sons, para pensar os principais temas das eleições de outubro.
Para Rogério Roque Amaro, professor universitário, especialista em economia social, o Interior “são todos os territórios que o capitalismo marginalizou, para marcar a sua lógica de crescimento”.
Maria do Carmo Bica, engenheira agrícola, não andará muito distante da análise, quando olha para a forma como os poderes locais fomentam nesses territórios a criação de emprego: “Temos os municípios a instalar parques industriais para capital estrangeiro que vem à procura de mão-de-obra barata. Não é isso de que precisamos no Interior.” De que precisa afinal, quem não vive no litoral urbano? Da regionalização? De mais organizações de base comunitária? De mais Estado? De serviços públicos?
Um debate ao vivo no Festival Bons Sons 2019 para pensar os principais temas das eleições de outubro.
Em entrevista ao Fumaça, a ex-vereadora da Habitação da cidade de Lisboa (2009-2013), ainda deputada à Assembleia da República como independente nas listas do PS, e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, admite que falhou ao não prever as mudanças no mercado imobiliário. Explica que foi António Costa, à época presidente da Câmara Municipal, quem pressionou para “alienar o mais possível” o património da capital.
Diplomata de carreira desde 1980, Ana Gomes suspendeu funções, em 2003, para se dedicar à política partidária. Filiou-se no PS e foi eleita eurodeputada em 2004. Reeleita por duas vezes, em 2009 e 2014, só deixou o Parlamento Europeu em julho passado, após 15 anos. Numa entrevista na festa do terceiro aniversário do Fumaça, ao vivo e ao ar livre, falamos sobre incompatibilidades e conflitos de interesses, a regulação do lobby, transparência e corrupção.
Entrevista completa à operária corticeira Cristina Tavares, que denunciou o assédio moral e o despedimento ilícito de que foi alvo. Depois da realização desta entrevista, na segunda semana de junho, Cristina chegou a acordo com a empresa e foi reintegrada no seu posto de trabalho.
Cristina Tavares, operária corticeira, diz que nunca pediu a atenção mediática a que foi votada quando denunciou a empresa que a tentava vencer pelo cansaço: despediu-a duas vezes, foi condenada por assédio e ofereceu-se para pagar a sua saída. Ainda assim, Cristina não desistiu de provar que ali havia trabalho para ela. Esta é a história da luta de uma mulher pelo seu posto de trabalho.
Em Moçambique, pouco se fala da guerra, diz Mia Couto. Se se julgasse pela oralidade, achar-se-ia que ela nunca existiu (ou que se esqueceu). “Esquecemos da escravatura, esquecemos do tempo colonial, esquecemos da Guerra Civil.” Caberia, então, à literatura ser a chave para visitar esse falso vazio calado dentro de cada um. Nascido há 64 anos, na Beira, Mia Couto escreve em português, a sua língua-mãe, num país onde menos de metade da população a fala. Ele não poderia escrever noutra língua, diz, mas é por condições estruturais de uma sociedade pós-colonial que nenhum dos escritores que conhece o faz.
Sete anos depois de Julian Assange ter entrado na embaixada do Equador, em Londres, como exilado político, o jornalista e co-fundador da Wikileaks foi removido à força e detido por autoridades britânicas, com a conivência do governo equatoriano. Pouco mais de um mês depois, as autoridades judiciais norte-americanas apresentaram 17 novas acusações contra ele, incluindo a de crime de espionagem, por a Wikileaks ter revelado centenas de milhares de documentos confidenciais sobre os abusos militares cometidos pelos Estados Unidos. Se for condenado por tudo o que é acusado, Assange arrisca uma pena de 175 anos de prisão. Será que vai ser extraditado? Para Juan Branco, um dos seus advogados, “a extradição de Julian Assange é um problema político, antes de ser um problema jurídico”. Vê aqui a entrevista.
Desde 2014, mais de 18 mil pessoas morreram afogadas ao tentar atravessar o Mar Mediterrâneo. Juan Branco e Omer Shatz, advogados, acreditam que essas mortes foram causadas “conscientemente” por decisores da UE “com o objetivo de impedir a travessia humanitária”. Em junho, submeteram uma ação legal no Tribunal Penal Internacional, acusando líderes políticos europeus de crimes contra a humanidade. Juan Branco é advogado de direito penal internacional, doutorado em Direito Internacional pela Escola Normal Superior de Paris e faz ainda parte da equipa de defesa de Julian Assange e da Wikileaks.
Quem trata de uma pessoa dependente, a tempo inteiro, sem poder sair de casa, tem vida para além de cuidar? “Não.” Joaquim Ribeiro é perentório. Zelou a mãe durante cinco anos – todos os dias, sem férias, nem feriados. Tempo em que prestou cuidados sem nenhuma compensação ou ajuda monetária; tempo sem um trabalho formal, que não entrará nas contas da sua reforma. O estatuto para os cuidadores informais é um ponto de partida para melhorar a vida de muita gente, ainda não de toda.
Na semana em que o Senado brasileiro votou pela suspensão dos decretos que facilitavam o porte de armas de fogo, assinados em maio pelo presidente, falámos com o antropólogo e escritor Luiz Eduardo Soares. Considerado uma das referências em segurança pública no Brasil, Soares é autor dos livros “Elite da Tropa”, de 2006, e “Desmilitarizar”, lançado em 2019- Foi ainda secretário nacional de Segurança Pública durante o primeiro ano do governo de Lula da Silva e coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro entre 1999 e 2000.
O novo Parlamento Europeu, a futura Comissão e os Estados-membros têm em mãos a revisão da Política Agrícola Comum (PAC) pós-2020. Quem tem ganho com a mais antiga e dispendiosa política pública contínua da União? Nuno Belchior, agricultor, e Tito Rosa, engenheiro agrónomo, debatem os lados positivos e negativos da PAC, na última edição do Festival Política, que aconteceu a 1 de Junho no Teatro Garcia de Resende, em Évora.
Ghalia Taki fugiu da Síria para o Gana e depois para Portugal. Quando chegou ao país, em 2014, ficou detida no aeroporto de Lisboa durante vários dias com o seu marido, o filho menor e a mãe. Hoje, é intérprete e mediadora no Serviço Jesuíta aos Refugiados e no projeto LAR. Nesta entrevista, conta a sua história e descreve os obstáculos à integração de refugiados em Portugal e na Europa.
Na noite das eleições europeias de 2019, Manuel Dias dos Santos, sociólogo e historiador, e Riccardo Marchi, historiador, analisaram de que forma o crescimento da extrema-direita e dos populismos condicionaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.
Na noite das eleições europeias de 2019, Sofia Oliveira, da Greve Climática Estudantil, e José Luís Monteiro, da Oikos, analisaram de que forma as alterações climáticas e o ambiente condicionaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.
Na noite das eleições europeias de 2019, Rita Gaspar, ativista na Humans Before Borders, e Diaby Abdourahamane, refugiado da Costa do Marfim em Portugal, desde 2007, e fundador da Associação dos Refugiados em Portugal, analisaram de que forma as políticas migratórias e de ajuda a refugiados moldaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.
Em 2017, Paolo Borromeo viu um anúncio sobre Vistos Gold, em Portugal, e enviou um email a David Poston, a perguntar como funcionava o programa. Foi aí que tudo começou. Hoje, detém um apartamento na Baixa de Lisboa, um prédio no Bairro Alto e a autorização de residência que tantos imigrantes indocumentados desesperam por receber.
Em fevereiro de 2016, Muhamad Abid Khan veio do Paquistão para a Europa, para poder oferecer uma vida mais segura à sua família. Mas só em novembro de 2018 conseguiu obter a autorização de residência que lhe permite residir legalmente em Portugal. Pelo caminho, ficou três anos sem poder ver as filhas. Como ele, milhares de imigrantes indocumentados esperam anos por uma resposta do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.
Quando Mory Camara fugiu da Guiné-Conacri nunca pensou vir para a Europa, queria apenas estar em segurança. Um ano e meio depois, atravessava o Mar Mediterrâneo pela quarta vez, depois de meses de tortura e escravatura na Líbia. Foi resgatado pela Sea Watch com mais 46 refugiados, a 19 de janeiro de 2019. Mas a sua viagem não acabou aí.
Ano após ano, as emissões globais de gases com efeito de estufa batem recordes. A concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera nunca foi tão elevada – a última medição supera qualquer outro valor em 400 mil anos. Neste cenário à escala global, a Europa tem planos para inverter este caminho. Ainda assim, as emissões per capita dos 28 são superiores à média mundial. O que a UE está a fazer é suficiente? O que condiciona as decisões políticas sobre um assunto que muitos cientistas e ativistas deixaram, há muito, de considerar técnico e vêem como matéria política? Falámos com o eurodeputado Bas Eickhout, candidato do Partido Verde Europeu à Comissão Europeia.
Vozes que se dizem antissistema têm explorado uma clivagem entre uma ideia de povo e uma ideia de elite. Apoiados no medo, canalizando frustrações e revoltas de quem se sente alheado da globalização, o inimigo do populismo varia: ora imigrantes, refugiados e minorias que “invadem” um lugar seguro, ora a corrupção que entorpece uma democracia em que a elite política ou económica governa para si… Foi sobre estes discursos que falamos com o sociólogo João Mineiro, o historiador Riccardo Marchi e a ativista Thais Dornelles no Festival Política, em Lisboa.
O governo de António Costa quer que Portugal seja a porta de entrada, na Europa, do gás de fracking norte-americano. A União Europeia injeta milhares de milhões de euros nos negócios do gás natural, subsidiando projetos faraónicos. Mas há muitas pessoas a querer travar a proliferação da indústria petrolífera, seja nas lutas contra os furos de gás de Alcobaça e Bajouca ou nas greves estudantis pelo clima.
A menos de três semanas de eleições europeias, publicamos uma entrevista com Carlos Coelho, eurodeputado pelo PSD e 7º lugar na lista do partido para as eleições. Falámos sobre as violações aos princípios fundamentais da UE que vários países têm implementado; o estado atual do espaço Schengen; a resposta da Europa à crise de refugiados; e a “Europa Fortaleza” que a União tem construído ao longo do tempo.
A Australis foi a Aljubarrota e à Bajouca apresentar-se ao povo. Como vão ser feitos os furos e de que forma? E como apareceu nos contratos a referência à técnica de fraturação hidráulica (fracking)? Que promessas fez a empresa? Há medo de que as águas sejam contaminadas e de que haja impactos negativos na agricultura. Na Bajouca, a maioria da população está contra o furo – e mostra-o.
Antes de se começar a queimar combustíveis fósseis a um ritmo industrial no século XIX, a temperatura média à superfície da Terra era mais fria do que hoje em cerca de um grau Celsius. Eventos extremos como secas, chuvas prolongadas, e ondas de calor eram menos intensos e menos frequentes. Não pairava sobre zonas de costa e pequenas ilhas o risco de ficarem submersas devido ao aumento do nível médio do mar, provocado pelo degelo das calotes do Ártico. Sabemos que se ou quando a temperatura média à superfície da Terra ultrapassar um grau e meio face ao período pré-industrial, quase tudo será mais extremo. Mas é impossível evitá-lo, acredita Guilherme Serôdio, fundador da Extinction Rebellion em Bruxelas, sem mudar o paradigma de crescimento económico, de consumo “urbano-faraónico, de acesso a tudo, o tempo todo”. Falamos sobre a emergência e a luta climática, decrescimento e democracia profunda.
Em outubro de 2018, a Australis Oil & Gas anuncia mais um furo, desta vez na Bajouca, no concelho de Leiria. Os Estudos de Impacte Ambiental avançam. Mas na freguesia ninguém sabia de tais planos. Ou será que sabia? Afinal, quem é esta empresa, o que quer fazer em Portugal e como tem sido recebida por populações, ambientalistas e autarcas?
O livro “Esquecidos em Abril” é uma investigação do jornalista Fábio Monteiro sobre as pessoas assassinadas no 25 de Abril de 1974. Quatro morreram às mãos da PIDE – João Arruda, 20 anos, estudante; Fernando dos Reis, 23 anos, soldado; José Barneto, 38 anos, escriturário; Fernando Giesteira; 17 anos, empregado de mesa. Mas morreram também duas pessoas às mãos dos soldados revolucionários: António Lage, 32 anos, funcionário da PIDE/DGS e Manuel Costa, 25 anos, agente da PSP. Falamos sobre as suas histórias e o mito da revolução sem sangue.
Três anos após o Estado ter concessionado milhares de quilómetros de subsolo à petrolífera Australis, Maria Celeste descobre que querem fazer um furo de prospeção de gás natural à porta de sua casa, em Aljubarrota, Alcobaça. Nunca a avisaram. Longe dos olhares, os terrenos já tinham sido vendidos. O que deixaram na região as petrolíferas que, durante décadas, procuraram petróleo e gás no Oeste?
Vinte anos depois do lançamento do euro, quais as consequências de uma moeda comum a 19 países? Que impactos tem em estruturas produtivas e balanças comerciais tão distintas? Quem saiu a ganhar? Eugénia Pires, economista e ativista da Iniciativa para uma Auditoria Cidadã à Dívida, acredita que o projecto da moeda única serviu os grandes grupos económicos exportadores, cujo capital acumulado não repassa para o dia-a-dia dos cidadãos. “Na Alemanha, os trabalhadores também não têm beneficiado do euro.” Falamos sobre a entrada e saída do euro, sobre as oportunidades, as desigualdades, sobre a crise da dívida de 2008, os desejos de união política e um orçamento comum da Zona Euro. O que é ainda possível fazer na moeda única? Deve-se considerar o seu fim?
Esta semana temos como convidada Marisa Matias, eurodeputada portuguesa pelo Bloco de Esquerda e presidente da Delegação para as Relações com os Países do Maxereque (Egito, Jordânia, Líbano e Síria) no Parlamento Europeu.
Falamos sobre a “fortaleza” que a União Europeia está a construir, a venda de armas de que muitos países europeus beneficiam, a responsabilidade da Europa nas guerras e na destruição de países africanos e do Médio Oriente, a resposta da UE à crise de refugiados, a criminalização das ONGs de resgate e as recentes alterações à lei de estrangeiros em Portugal.
Não foi só a crise económica e o desgaste de tantos anos no Poder do Partido dos Trabalhadores que levou Bolsonaro ao Palácio do Planalto. O “mito” – como lhe chamam os seus apoiantes – cresceu apoiado numa guerra de costumes e isso deu-lhe mais força que tudo. Será a guerrilha ideológica constante suficiente para governar um país do tamanho e com a complexidade do Brasil? Resistirá Bolsonaro aos casos e polémicas quase diários em que o seu governo se vê mergulhado, numa espécie de crise permanente?
Enquanto a Europa parece, a cada legislação, solidificar a “fortaleza” de que está rodeada, deixando de fora quem foge da morte, as travessias têm ficado cada vez mais perigosas. Segundo a Organização das Nações Unidas, se, em 2015, uma em cada 42 pessoas que tentaram atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa morreu, em 2018, o número era de uma em cada 18. Mais de duas mil desapareceram; seis por dia.
No dia 28 de março, entrevistámos Claude Moraes, eurodeputado britânico, do Partido Trabalhista. Foi eleito pela primeira vez em 1999, e é presidente, desde 2014, da Comissão de Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, onde a legislação sobre refugiados tem sido discutida. Claude é, ele próprio, imigrante, e tem trabalhado sobre questões de refugiados e migrações desde que iniciou a sua vida política. Falámos sobre os muros que a Europa tem construído, o aumento de poderes da Frontex, o acordo da UE com a Turquia sobre refugiados, a perseguição a ONGs de resgate de pessoas no Mar Mediterrâneo e o Brexit. Ouve aqui.
Como chegou Bolsonaro ao Poder? Recuamos uns bons anos para perceber como o “mito” se tornou o novo presidente do Brasil. Durante décadas uma personagem sem qualquer relevância política, foi-se agigantando até conseguir sentar-se no Palácio do Planalto, a sede do poder executivo federal brasileiro.
Ao mesmo tempo que lidera um governo errático e atolado em recuos e escândalos semanais, o militar na reserva segura bem alto o estandarte da guerra cultural que o ajudou a eleger. Como vive o país entre este fenómeno pop, meio carnavalesco, e uma percepção de crise política e institucional permanente?
Samir Joubran nasceu na Nazaré, Palestina. É um dos três irmãos que compõe a banda Le Trio Joubran, a quarta geração de tocadores de oud da família. “Eu gostava que a nossa música não fosse política”, diz, “mas enquanto a Palestina estiver ocupada, a nossa identidade musical continuará sob ocupação”. Vê aqui a reportagem.
Passados 60 anos da morte de António Botto, relembramos o legado deste “poeta de Sodoma” que escreveu o que não podia ser dito. Entrevistamos Anna Klobucka, doutorada em Línguas e Literaturas Românicas pela Universidade de Harvard e autora de vários livros, incluindo “O mundo gay de António Botto”, publicado em 2018. Falamos sobre a sua obra poética, a perseguição homofóbica de que sofreu, a sua relação com Fernando Pessoa e a razão porque parece ter sido esquecido pelo país.
Celso Lopes é um dos seis residentes da Cova da Moura que alega ter sido torturado na esquadra de Alfragide, na Amadora, em 2015. O caso julga agora 17 agentes da PSP por vários crimes e terá sentença anunciada no próximo 30 de abril. Nesta entrevista, conta como lhe disseram “tu vais morrer, preto do caralho”, “temos que extinguir a vossa raça”. Foi torturado, atingido com balas de borracha, pontapeado, obrigado a deitar-se numa poça com o seu próprio sangue e, para que não sofrer mais agressões, fingiu estar inconsciente.
A vida laboral de milhares de pessoas que fazem investigação científica em Portugal faz-se de bolsas. Sem contrato de trabalho, sem subsídios e com quase nenhuma proteção social. Janine da Silva é uma dessas pessoas. Esta semana, falamos sobre precariedade na Ciência e de como se produz conhecimento sem estabilidade e sem direitos. Vê aqui.
Laura Carvalho é um dos principais nomes da nova geração de economistas no Brasil. A professora na Universidade de São Paulo lançou, em 2018, o livro “Valsa Brasileira – do boom ao caos econômico”, que analisa as transformações pelas quais o país passou entre 2006 e 2017.
O jornalista Danilo Thomaz entrevistou a investigadora brasileira sobre três temas fundamentais, para perceber o atual momento político do país: o governo de Lula da Silva, no qual, explica, “a elite se beneficiou tremendamente“ e se “fez muito menos em termos de mudança estrutural do que se gostaria”; o mandato de Dilma Rousseff e a sua política económica; e o período pós-impeachment da presidenta, incluindo a prisão de Lula e a eleição do novo presidente, Jair Bolsonaro.
Hugo Chávez tomou o poder em 1999. Nos primeiros anos 10 anos, as iniciativas sociais produziram resultados: o analfabetismo foi erradicado, a pobreza diminui drasticamente, o PIB per capita aumentou e a Venezuela tornou-se o país menos desigual da América Latina. Mas com a descida do preço do petróleo, já com Maduro, a partir de 2013, surgiu a crise económica, social e política.
Milhares de pessoas foram para as ruas. Entre fevereiro e junho de 2014, 3.300 pessoas, incluindo menores, foram detidas; foram reportados 150 casos de tratamento desumano, muitos deles de tortura; 43 pessoas foram mortas. Líderes políticos da oposição foram presos.
No passado janeiro, ao mesmo tempo que se agudiza a grave crise humanitária, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e líder do partido Voluntad Popular, auto-proclamou-se presidente da Venezuela. Poucos dias depois, tinha já sido reconhecido por vários países e instituições: Parlamento Europeu, a maior parte dos países da UE, Estados Unidos da América, Brasil, entre outros.
Mas que papel tem em tudo isto o petróleo venezuelano?
Nesta entrevista, falamos sobre os últimos 20 anos da política venezuelana com quem a viveu por dentro. Mónica Gandarez é venezuelana e portuguesa, formada Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, ex-professora de Relações Internacionais e Introdução ao Mundo Islâmico na Universidade de Santamaría, em Caracas, e trabalha em desenvolvimento internacional na Academia de Código. Vê aqui.
Manuel Vicente veio para o bairro da Jamaica, no Seixal, há 23 anos. Não tinha outra alternativa. Quando chegou, não havia eletricidade, não havia gás, não havia rede de esgotos, mas havia a vontade de quem não tem outro teto. Pegou em tijolos e construiu um piso novo em cima dos pisos não acabados, mas já ocupados. Desde essa altura que exige da Câmara Municipal do Seixal condições dignas de habitação e realojamento.
Nesta entrevista, falamos sobre essa luta, sobre a história e origens do bairro da Jamaica, de brutalidade policial e do processo de realojamento dos moradores.
João Torgal foi jornalista precário durante mais de quatro anos. Trabalhou como falso recibo verde na Antena 1, uma emissora de rádio pertencente ao grupo RTP, desempenhando exatamente as mesmas funções que vários camaradas com contratos de trabalho desempenhavam, enquanto a precariedade lhe sugava direitos laborais. Mas não foi o único. Como ele, centenas de outros trabalhadores se sujeitaram ao mesmo – dezenas são jornalistas. Neste mês de janeiro, espera a conclusão de um processo que se arrasta faz tempo, e ser, finalmente, integrado nos quadros da empresa. Ainda assim, muitos profissionais não podem dizer o mesmo. Nesta entrevista, falamos sobre o passado, o presente e o futuro do jornalismo.
“Diagnóstico e terapêutica de uma quase-carreira”, explica o pára-arranca negocial dos últimos 20 anos entre os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, e sucessivos governos.
No dia em que Jair Bolsonaro toma posse, publicamos a nossa conversa com Guilherme Boulos, ex-candidato à presidência nas eleições gerais brasileiras de 2018 e líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Conversámos sobre a perseguição política ao MTST – que o novo presidente ameaçou criminalizar -, das ocupações como arma política, do futuro do combate ao governo, da sua candidatura a presidente da república brasileira e da sua relação com o ex-presidente Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores, que gerou desconforto no seio do PSOL.
Enquanto João Lourenço, Presidente angolano, anuncia como prioridade do seu executivo o combate à corrupção e recebe ativistas críticos da governação do seu partido (MPLA) na Casa Civil, a repressão continua em vários setores da sociedade angolana. Estamos perante um novo regime ou, apenas, a continuação da governação de José Eduardo dos Santos, ex-Presidente durante quase 38 anos? Conversámos com Manuel Dias dos Santos, sociólogo, historiador, membro fundador e porta-voz da Plataforma de Reflexão Angola.
Segundo a ONU, mais de 100 mil refugiados chegaram à Europa em 2018 depois de atravessarem o Mar Mediterrâneo – muitos em barcos de borracha deficientes -, milhares desapareceram durante a viagem. Miguel Duarte faz parte da tripulação do Iuventa, um navio que resgatou mais de 14 mil pessoas refugiadas. Agora, é acusado pelo Ministério Público italiano de ajuda à imigração ilegal. E não é o único. Várias organizações não-governamentais de busca e salvamento têm sido travadas judicialmente, naquilo que Miguel chama de “campanha para acabar com o resgate marítimo”, por parte da União Europeia.
James Baldwin, escritor norte-americano, ativista anti-racista, anti-colonialista e anti-imperialista, morreu a 1 de dezembro de 1987. Baldwin foi um dos mais influentes artistas da sua geração e uma das personalidades mais relevantes do movimento pela igualdade dos direitos civis nos Estados Unidos da América, nas décadas de 50 e 60. Passados 31 anos da sua morte, relembramos a sua vida e obra.
Esta entrevista foi realizada para a preparação da segunda edição do Dois Pontos: a atualidade explicada, dedicada a James Baldwin, onde podem ouvir-se excertos da conversa. Acima, têm o bruto da entrevista, na sua totalidade, sem edição. Flávio Almada, também conhecido por LBC, é rapper, membro da Plataforma Gueto, uma plataforma anti-racista, e da Associação Cultural Moinho da Juventude, um projeto comunitário sediado na Cova da Moura, na Amadora.
Esta entrevista foi realizada para a preparação da segunda edição do Dois Pontos: a atualidade explicada, dedicada a James Baldwin, onde podem ouvir-se excertos da conversa. Acima, têm o bruto da entrevista, na sua totalidade, sem edição. Beatriz Gomes Dias é professora de Biologia numa escola do ensino secundário, em Lisboa, e uma das fundadoras da DJASS – Associação de Afrodescendentes.
Esta entrevista foi realizada para a preparação da segunda edição do Dois Pontos: a atualidade explicada, dedicada a James Baldwin, onde podem ouvir-se excertos da conversa. Acima, têm o bruto da entrevista, na sua totalidade, sem edição. Miguel Vale de Almeida é antropólogo, professor e investigador no ISCTE.
Esta entrevista foi realizada para a preparação da segunda edição do Dois Pontos: a atualidade explicada, dedicada a James Baldwin, onde podem ouvir-se excertos da conversa. Acima, têm o bruto da entrevista, na sua totalidade, sem edição. Mamadou Ba é dirigente da associação SOS Racismo, uma organização anti-racista em Portugal.
Este ano, 2341 médicos recém-formados fizeram a Prova Nacional de Avaliação e Seriação, que dita o seu destino na escolha da especialidade e do estabelecimento onde continuarão a sua formação, nos anos seguintes. O problema é que só existiam 1665 vagas. Ficaram de fora 676 pessoas. Para conseguir um lugar, é preciso uma boa nota no exame – chamado de Harrison, por ser o nome do livro de referência para o teste. Há quem estude durante um ano, mais de 12 horas por dia. Muitos, recorrendo a cafeína e antidepressivos.
Peter Robinson, sul-africano nascido a 1946, chegou a Portugal como “turista revolucionário”, no Verão Quente de 1975, durante o PREC (Período Revolucionário em Curso), no pós-25 de Abril. Ficou duas semanas, visitando fábricas, herdades e até hotéis tomados pelos trabalhadores. Mais tarde, em outubro desse mesmo ano, voltou novamente a Portugal, como ativista a tempo inteiro, ficando até maio de 76. Como foi o Verão quente de 1975? O que aconteceu a 25 de novembro desse ano? Quando é que acabou a Revolução? Ouve/Vê aqui a entrevista, feita em conjunto com Joana Craveiro, arquivista, atriz, encenadora, dramaturga e diretora artística do Teatro do Vestido.
Em julho de 2017, 18 agentes da PSP foram acusados pelo Ministério Público, numa imputação sem precedentes, dos crimes de falsificação de documento agravado e denúncia caluniosa e de tortura, sequestro, injúria e ofensa à integridade física qualificada, agravados pelo ódio e discriminação racial, contra seis residentes do Bairro da Cova da Moura, na Amadora. José Semedo Fernandes é um dos elementos da equipa de advogados dos ofendidos no processo que agora julga 17 desses 18 agentes. Falou-nos sobre o que se passou a 5 de fevereiro de 2015 – o dia em que tudo isto aconteceu -, da brutalidade policial em vários bairros da periferia de Lisboa, que os torna “zonas de exceção”, e de racismo institucional.
Em Portugal, o acesso ao aborto seguro é feito sem restrições até à décima semana de gestação. Mais de 60% da população mundial continua sem acesso a este procedimento médico. Fomos o único órgão de comunicação social português presente na conferência da Campanha Internacional pelo Direito das Mulheres ao Aborto Seguro, realizada em Lisboa, em setembro de 2018. Falámos com ativistas das Honduras, Irlanda, Filipinas e Brasil para fazer o ponto de situação legal da interrupção voluntária da gravidez no planeta.
Conversamos com Patrícia Santos Pedrosa, arquiteta, feminista e fundadora da associação Mulheres na Arquitectura, sobre o modo como o desenho e a construção do espaço público pode potenciar a violência de género na cidade e o próprio acesso e uso da urbe por todas as pessoas.
O “bolsonarismo” foi maior que Bolsonaro. Nas eleições gerais brasileiras de 2018, a extrema-direita e a direita conservadora conquistaram tudo: o Senado, a Câmara dos Deputados, a Presidência. E, agora, como governará o executivo de Jair Bolsonaro? Esta semana, temos como convidado, desde o Rio de Janeiro, Jairo Nicolau, cientista político, doutorado em Ciência Política no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro, professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro e investigador no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.
Um relatório da Human Rights Watch publicado na semana passada, a 23 de outubro, relata detenções e tortura a dissidentes políticos, incluindo jornalistas e ativistas, cometidos pela Autoridade Palestiniana e pelo Hamas.
A Galp e a ENI não vão furar o mar de Aljezur em 2019, como queriam. A oposição dos movimentos ambientalistas e as ações em tribunal travaram a intenção das petrolíferas. As empresas denunciaram o contrato de concessão e o Algarve está, por agora, livre de petróleo.
Cristina de Branco, antropóloga, filha e neta de exiladas políticas da ditadura militar brasileira: “Como é que será ter um presidente abertamente misógeno, homofóbico, racista, num país que tem uma taxa de feminicídio altíssima, e que tem uma taxa de violência homofóbica altíssima, e no qual existe um genocídio negro indígena em curso… A gente vê muita sombra, realmente”
Jair Bolsonaro venceu as eleições brasileiras com 55% dos votos válidos. Fernando Haddad, o candidato derrotado, teve 45% da votação. O Brasil acaba de eleger como presidente um racista, homofóbico, machista, xenófobo, defensor da tortura e da ditadura.
É o tudo ou nada nas eleições gerais no Brasil. Disputado entre os candidatos Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal, e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, este segundo turno promete ficar na história do maior país da América do Sul. Segue as últimas informações, ao minuto, na nossa conta no Twitter e no nosso Facebook. Aqui, podes acompanhar tudo […]
Conversamos com Nicole Oliveira, diretora para a América Latina na 350.org, sobre Ambiente, a desflorestação da Amazónia, o poder da bancada ruralista no Brasil, a prospeção de gás natural e petróleo, o genocídio das populações indígenas e as eleições gerais brasileiras, que poderão tornar presidente alguém que promete “botar um ponto final em todo o ativismo no Brasil”.
Vânia Dias da Silva, deputada do CDS-PP, fala sobre incompatibilidades e impedimentos e que regras devem existir para garantir que não existem conflitos de interesses na produção de leis ou na execução das políticas governamentais, e também sobre lóbi e a possibilidade de ser legislado e regulamentado em Portugal.
A música é uma arma. Faz pensar. E é isso mesmo que Linn da Quebrada, 28 anos, artista multimédia brasileira quer provocar com o funk-manifesto das suas canções. Questiona o que é ser mulher, as masculinidades tóxicas, a violência do machismo e como se podem reinventar as noções de corpo e género. É cara e alma do documentário Bixa Travesty, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, premiado no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Deu vários concertos em Portugal durante a turné europeia do seu disco Pajubá, lançado em 2017, e falou connosco no passado dia 10, na Galeria ZDB, em Lisboa.
A duas semanas do segundo turno das eleições gerais brasileiras, conversamos com Danilo Thomaz, jornalista e coordenador de comunicação da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Falámos sobre os erros do Partido dos Trabalhadores durante os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, a ameaça autoritária de Jair Bolsonaro, a violência durante a campanha, que já fez mais de 70 vítimas, e a homofobia e transfobia no Brasil.
No dia seguinte ao primeiro turno das eleições brasileiras, analisámos a vitória de Bolsonaro, o desempenho do Partido dos Trabalhadores, e o que poderá acontecer até ao dia 28, data da segunda volta. Convidámos Débora Dias, de Fortaleza, no Ceará, doutorada em História Contemporânea, pela Universidade de Coimbra; Marcos Lacerda, de São Paulo, ex-diretor do Centro da Música da Funarte/Ministério da Cultura do Brasil e Maíra Zenun, do Rio de Janeiro, doutoranda em Sociologia, pela Universidade Federal de Goiás e coordenadora da Mostra Internacional de Cinema na Cova, na Amadora.
A propósito do Dia Mundial da Saúde Mental, temos como convidada Ana Matos Pires, psiquiatra, Diretora do Serviço de Psiquiatria da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo e presidenta da Associação ARIS da Planície. Conversámos sobre as décadas falhadas de políticas públicas de saúde mental – a sua opinião, tivemos os planos de ação certos, mas ficaram no papel. Falamos ainda sobre o futuro do Serviço Nacional de Saúde e da nova Lei de Bases da Saúde, que está em revisão neste momento.
No dia 5 de setembro, dezenas de residentes do Bairro 6 de Maio ocuparam o Instituto de Habitação e Requalificação Urbana, em Lisboa, durante mais de cinco horas, exigindo realojamento digno para quem será despejado e verá a sua casa demolida. Neste episódio de Na Rua, ouvimos as histórias de algumas das pessoas que lá estiveram.
Quem matou Marielle Franco? Conversamos com Mônica Benício, viúva de Marielle e ativista pelos Direitos Humanos. Falamos sobre a investigação do assassinato da ex-vereadora, do seu legado político, da intervenção militar no Rio de Janeiro, e da importância do movimento feminista brasileiro contra o candidato Jair Bolsonaro.
O deputado do Bloco de Esquerda, que há muito dá a cara contra a precariedade, fala da entrada em vigor, a 1 de janeiro de 2019, do novo regime contributivo dos trabalhadores independentes. Analisam-se as mudanças na lei, o que fazer para combater os falsos recibos verdes e tenta perceber-se porque está atrasado o programa de regularização dos precários do Estado.
A menos de duas semanas das eleições gerais brasileiras, as pesquisas mais recentes mostram uma polarização na sociedade brasileira que se cristaliza na escolha entre os dois candidatos com maior taxa de rejeição: Jair Bolsonaro, do Partido Social Livre, e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores. Neste momento, parece certo, que a luta pelo segundo turno das eleições, que ocorrerá a dia 28 de outubro, será feita entre os dois. Isto, diz José Roberto de Toledo, se nada de estranho acontecer: “Por uma tradição histórica meio inexplicável, sempre acontecem factos supreendentes na última semana. Investigações do Ministério Público, prisões pela polícia federal…”. O jornalista da revista Piauí com quem conversámos esta semana acompanha as eleições brasileiras e as suas pesquisas eleitorais há 30 anos e analisa o que se vai passar a partir de agora.
Eric Nepomuceno viveu a ditadura do Brasil antes de se mudar para Buenos Aires, Argentina. Jornalista, escritor e tradutor de escritores como Gabriel García Márquez ou Eduardo Galeano diz que, hoje, a “situação (no Brasil) é muito próxima a um Estado de exceção”. Aos 70 anos, não tem dúvidas: “roubaram o país e agora não sabem o que fazer com ele”. Nesta entrevista, analisa as várias candidaturas à presidência nas eleições gerais brasileiras, cuja primeira volta acontecerá a 7 de outubro.
Carlos Cipriano é diretor adjunto do jornal regional Gazeta das Caldas, jornalista no Público e há muito que está atento à situação da ferrovia em Portugal. Onde começou, afinal, a degradação da rede ferroviária nacional? Serão os investimentos anunciados suficientes para devolver o bom serviço e uma lógica de rede aos caminhos de ferro?
Rubina Berardo é uma das relatoras da Assembleia da República para o Brexit. A deputada do PSD abordou a saída do Reino Unido da União Europeia e todas as implicações que isso terá para os portugueses e portuguesas que aí vivem e trabalham.
Faz hoje 24 anos desde que o primeiro documento dos Acordos de Oslo foi assinado, mas a paz que prometiam parece cada vez mais longe. Entrevistámos, em Junho deste ano, Ben Ehrenreich, jornalista americano e autor de “The Way to the Spring: Life and Death in Palestine”. Conversámos sobre o Estado de Israel, que classifica como “apartheid, e ferozmente racista e assassino”, sobre como a Autoridade Palestiniana, governo interino criado pelos Acordos, perpetua a ocupação com o seu regime autoritário e repressivo, sobre a interferência dos Estados Unidos da América e ainda sobre Ahed Tamimi, ativista palestiniana presa com 17 anos e libertada, mais tarde, oito meses depois.
A jornalista e editora do The Intercept Brasil analisa o momento político e social: o incêndio no Museu Nacional, as eleições de Outubro – de Lula a Bolsonaro -, a morte de Marielle Franco, a relação entre milícias e políticos e a maior chaga da sociedade brasileira, a violência.
Esta é uma tradução da entrevista feita a Julia Reda, eurodeputada, sobre direitos de autor e liberdade na internet. A entrevista foi gravada a 3 de Setembro de 2018, em Bruxelas, no Parlamento Europeu.
No dia 12 de setembro, a proposta de Diretiva sobre os Direitos de Autor irá a votos no plenário do Parlamento Europeu. Para Julia Reda, eurodeputada, a diretiva “pode levar à censura” na internet. Fomos a Bruxelas entrevistar a parlamentar eleita pelo Partido Pirata Alemão, e que é um dos rostos da oposição à proposta.
O apoio à cultura é um dever do Estado? Será então a Cultura “subsidiodependente”? Serão os hospitais e as escolas “subsidiodependentes” também? Porque é que a atribuição de 1% do Orçamento de Estado para a Cultura é tão importante? Fomos ao Festival Vodafone Paredes de Coura falar de tudo isto com Nuno Lopes, ator e DJ. Na praia fluvial do Taboão, nas margens do Rio Coura, ao vivo e perante centenas de pessoas, conversámos sobre como foi fazer arte no pós-crise e com a chegada da Troika; de cultura e entretenimento e de como a sociedade Portuguesa olha para os artistas.
Estará o euro a revelar-se um bom negócio para alguns países e a condicionar o desenvolvimento de outros? Ricardo Paes Mamede, professor de Economia Política no ISCTE, aborda as muitas nuances da moeda única.
Falámos com a jornalista Joana Gorjão Henriques sobre o racismo existente na sociedade portuguesa e a forma como esta ideologia impregna no nosso quotidiano, o Estado, as ruas e torna tudo mais difícil na vida das pessoas não brancas.
Uma resposta ao artigo de opinião de Raphael Gamzou, embaixador israelita. Escrito por Ricardo Esteves Ribeiro.
Em 2016, entravam todos os dias em Lisboa 370 mil automóveis que se juntavam aos 160 mil dos residentes da cidade. São mais de meio milhão de veículos. Para David Vale, especialista em mobilidade e planeamento urbano e professor na Faculdade de Arquitetura de Universidade de Lisboa, o problema é simples: “não há espaço” para todos estes carros.
Awni Farhat, palestiniano, nasceu e viveu em Gaza até aos 25 anos. Em 2015, conseguiu escapar ao bloqueio que, há mais de dez anos, Israel e o Egito impõe à região, deixando cerca de dois milhões de pessoas presas em 365 quilómetros quadrados, sem água potável e com a distribuição de eletricidade severamente limitada. Segundo a Organização das Nações Unidas, a continuar assim, a Faixa de Gaza não terá condições de sobrevivência dentro de dois anos, em 2020. A família de Awni continua em Gaza mas as esperanças de que ele possa voltar são poucas. Entrevistámos Awni em Cascais, quando dois dos barcos da Flotilha da Liberdade estavam atracados em Portugal. Ele foi um dos ativistas a bordo.
No episódio de hoje, falamos sobre a resistência palestiniana: das Intifadas, à luta armada. Da Fatah, ao Hamas. Do BDS, à solução de um ou dois Estados.
Margarida Tengarrinha, militante anti-fascista de 90 anos, viveu quase 20 na clandestinidade, com identidades falsas, antes do 25 de Abril. Até esse dia, foi Teresa, Leonor, Marta, Beatriz. Só com a revolução pode voltar a ser ela própria. Trabalhou com Álvaro Cunhal em Portugal e Moscovo e teve o seu companheiro, José Dias Coelho, morto às mãos da PIDE, em 1961.
Ahed Tamimi, menor palestiniana de 17 anos, detida em dezembro pelo exército israelita, deverá ser libertada este domingo, confirmou ao Fumaça, Gaby Lasky, sua advogada. Detida desde dezembro, foi condenada a 8 meses de prisão, por um tribunal militar, num julgamento marcado por violações dos Direitos da Criança. Tudo indica que sairáem liberdade este domingo, 28. Conversámos com a sua advogada, Gaby Lasky, em junho, sobre o sistema judicial militar israelita, que o classifica como “completamente apartheid”.
Uma conversa com o deputado do PSD sobre a recente aprovação da utilização da cannabis para fins terapêuticos e sobre a proposta que este apresentou no último congresso do partido, visando a legalização do consumo recreativo desta planta.
No episódio de hoje, vamos perceber a história de Jerusalém e porque parece ser o epicentro de tudo o que acontece. Vamos ainda recordar os Acordos de Oslo, a forma como eles condicionam a ocupação efetiva e ouvir o que pensa alguém que cresceu num colonato.
Desde que Nicol Quinayas foi agredida, no Porto, por um segurança privado da empresa 2045, na noite de São João, várias concentrações anti-racismo aconteceram no Porto, em Lisboa, em Braga. Nos meios de comunicação social pergunta-se: “Portugal é um país racista?” e há muita gente que se ofende com a questão.
E as pessoas alvo de agressões racistas? O que sentirão elas, quão magoadas estarão? Falámos com Nicol, a sua mãe e quem se manifesta contra o racismo.
A ativista e feminista fala-nos de pessoas trans e intersexo, da Lei da autodeterminação da identidade e expressão de género, vetada pelo Presidente da República, e da retirada da transexualidade da classificação internacional das doenças da Organização Mundial de Saúde.
A seca de 2017, a poluição no Tejo, a remoção de barragens e a gestão de recursos hídricos em Portugal foram alguns dos temas sobre os quais Rui Cortes, professor na UTAD, se debruçou.
Agência do Ambiente diz que “não é possível concluir” se o furo de gás em Aljubarrota precisa de avaliação ambiental.
Todos os anos, mais de 500 menores palestinianos, a partir dos 12 anos, são presos pelo estado Israelita: julgados por tribunais militares, detidos e interrogados contra as regras da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança. Neste episódio, percebemos como isto acontece.
Daniela Mendes é uma das duas amigas de Nicole Quinayas que estava com ela quando foi agredida. Presenciou tudo. Uma conversa em bruto, quando ainda se sabia pouco e a história não tinha vindo a público.
Uma conversa sobre lutas, visibilidade e reconhecimento das pessoas negras; a “Campanha por outra Lei da Nacionalidade”; a “Década Internacional de Afrodescendentes 2015-2024”, decretada pela ONU, e a violência do preconceito.
Uma conversa com o deputado do Partido Socialista sobre aumento do salário mínimo nacional, a contratação de trabalhadores precários do Estado e as mudanças à legislação laboral propostas pelo Governo e Parlamento.
Em Hebron, há ruas só para colonos, bairros só para colonos, onde os palestinianos não podem passar.
Tiago Lila e João Caçador são o duo Fado Bicha. Ao som das suas músicas, descobrimos quem são, falamos de Fado, da origem das Marchas do Orgulho e das lutas por igualdade da comunidade LGBTI – lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexuais.
Sílvia Cópio escolheu educar os três filhos em casa porque acha que a escola tem muito que mudar. Preside à Associação Movimento Educação Livre e explica-nos o que é o ensino doméstico.
Um conversa sobre cultura com o designer, produtor e programador cultural Luís Sousa Ferreira. Diretor do festival Bons Sons, do 23 Milhas – o projeto cultural do Município de Ílhavo – e do Caminhos, que envolve 13 câmaras da região do Médio Tejo. Uma conversa sobre cultura, de entretenimento, de apoios públicos às artes, de cidades e aldeias, de poder, de litoral e interior, de ego e falta dele, de saber-fazer.
Neste episódio vamos até Belém conhecer a história de Anas. Como é viver no Aida Camp, um campo de refugiados palestinianos onde todos os dias o exército israelita faz rusgas, atira bombas de gás lacrimogéneo, granadas de atordoamento, canhões de água de esgoto e dispara armas de fogo?
A escritora Lídia Jorge, o coreógrafo Rui Horta e, ainda, Ana Matias, da Plataforma Algarve Livre de Petróleo, João Camargo, do coletivo Climáximo, Eugénia Santa Bárbara, do movimento Alentejo Litoral pelo Ambiente e Graça Passos, do grupo Tavira em Transição, entregaram hoje ao ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, uma carta aberta pedindo a sua demissão.
Trabalho, capital, produtividade, propriedade, desigualdade, espaço público. Que tem isto que ver com o Tempo? Para o filósofo André Barata, tudo. Todas estas dimensões estão relacionadas e vivem condicionadas pela aceleração. É preciso parar, diz, para passarmos a viver e deixarmos de sobreviver.
Em entrevista, Ilan Pappé, historiador israelita, acusa o seu país de levar a cabo um processo de “limpeza étnica” na Palestina e de implementar um Estado colonial de apartheid, afirmando que este deve ser julgado por crimes de guerra.
De Ramallah vê-se Telavive, é perto. Não fosse o muro, os postos de controlo, o exército, o trânsito caótico, que separam as capitais da Palestina e de Israel. Uma viagem de 4 horas, com tempo para perceber como há décadas um povo coloniza outro.
A opinião de Pedro Miguel Santos sobre o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e a sua relação com os média, a propósito dos fogos.
O Bairro Margens do Arunca, de construção municipal, enclausura uma comunidade cigana em Pombal. O IC2, o Rio Arunca, uma zona industrial e uma linha férrea são obstáculos à vida de quem lá mora.
Texto de opinião de Ricardo Esteves Ribeiro.
Nos últimos 20 anos Portugal perdeu perto de quatro centenas de jornais, revistas e rádios locais. Que importância têm os média locais? Terão futuro? João Carlos Correia, professor na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, ensaia algumas respostas.
Portugal é o país com maior área relativa de eucaliptal no mundo. Só 2% da floresta portuguesa é propriedade exclusiva do Estado e não se sabe quem é dono de 1/3 dela. Mas o que tem isso que ver com os incêndios? Pedro Bingre do Amaral, professor no Instituto Politécnico de Coimbra, fala sobre isso.
Houve “conflito de interesses”. A televisão digital terrestre (TDT) não é o que podia ser. Sérgio Denicoli, jornalista e investigador na área dos média, denuncia a relação “simbiótica” entre Estado e Portugal Telecom, vencedora dos dois concursos de implementação da TDT em Portugal.
Da ditadura militar, no Brasil, ao regime socialista de Allende, no Chile, destruído por Pinochet; do 25 de Abril de 1974, à eleição de Lula. Zillah Branco, 81 anos, passou a vida a lutar pela Revolução.
A opinião de Tomás Pereira, sobre a guerra na Síria e a forma como a comunicação social valida dá como garantida a via bélica para resolver a situação.
Um debate sobre as comunidades ciganas e o papel da mulher cigana enquanto veículo de mudança, no Festival Política 2018.
Uma grande reportagem sobre o processo de demolições em curso no Bairro 6 de Maio, impulsionado pela Câmara Municipal da Amadora, e as histórias de resistência de quem exige habitação e tratamento dignos.
Onde estão planeados furos de petróleo e gás em Portugal? Que empresas querem que isso aconteça? Quem se opõe? E Governo, o que tem feito? Uma súmula da situação, a propósito da manifestação “Enterrar de vez o Furo, Tirar as petrolíferas do Mar”.
Miguel Hirota, investigador e promotor de moedas sociais, explica como as políticas económicas e monetárias não são determinadas pela vontade popular. Fala ainda de moedas sociais como resposta às deficiências do sistema económico.
A cobertura, em direto, da manifestação “Enterrar o furo, tirar as petrolíferas do mar”, que opõe à exploração de petróleo e gás em Portugal.
Carolina Rocha, poeta brasileira e socióloga, fala de “genocídio” da população negra e da “ameaça de ditadura” no Brasil. Explica ainda como a morte de Marielle Franco é um recado para quem desafia as estruturas políticas do Brasil.
A Avenida António Augusto de Aguiar, em Lisboa, foi ocupada por imigrantes que exigiram documentos para todos. Sentaram-se na estrada e cortaram o trânsito.
Moradores e moradoras do Bairro 6 de Maio e ativistas ocuparam o Ministério do Ambiente exigindo soluções para as demolições que têm acontecido no bairro da Amadora.
Luzia Moniz, angolana, jornalista, socióloga, presidenta da PADEMA, fala-nos sobre feminismo negro, a importância das zungueiras e da economia informal, de neo-colonialismo e da sua admiração por Winnie Mandela.
Rock in Riot. No protesto-festa com o lema “Ocupar as Ruas, Reclamar a Cidade” dançou-se contra a especulação imobiliária e os despejos. Ouve aqui.
Notícias de tiroteios, perseguições de última hora, agressões à polícia e nas escolas. É assim que Chelas é apresentada nos telejornais e nas manchetes dos jornais portugueses. Um antro de violência a menos de dez estações de metro ou 15 minutos de carro da Praça do Comércio, onde turistas queimados pelo sol bebem gins tónicos […]
Carlos Farinha Rodrigues, doutorado em economia e professor no ISEG, explica como é medida a pobreza em Portugal e dá-nos conta da sua dimensão. Fala-nos sobre precariedade, apoio social e aponta o caminho para as políticas que permitem atenuar a pobreza e a desigualdade.
Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo, falou-nos da cultura de impunidade que se sente nas forças de segurança portuguesa e dos casos de violência policial por que sofrem negros em Portugal.
Os ocupantes da casa ocupada em Arroios foram despejados no dia 30 de Janeiro. O nº69 da Rua Marques da Silva está novamente ao abandono enquanto que gente é empurrada para fora da cidade e da sua casa. Esta é uma reportagem sobre o direito à habitação e à ocupação. Ouve aqui.
José Sócrates, em entrevista ao Fumaça sobre os seus anos de governação. Da reforma da floresta ao Plano Nacional de Barragens, da avaliação dos professores, ao Caso Freeport e à austeridade. Vê aqui.
Falastine Dwikat, ativista palestiniana, fala sobre a ocupação israelita, a prisão de Ahed Tamimi e conta como é normal uma criança palestiniana estar detida indefinidamente.
Entre 1999 e 2001, 4 Parcerias Público-Privadas para a construção de autoestradas foram assinadas com a Ascendi, que na altura pertencia ao Grupo Mota-Engil: as auto-estradas do Norte, Costa de Prata e Beiras Litoral e Alta. Jorge Coelho era então Ministro de Estado e do Equipamento Social. Luís Parreirão era Secretário de Estado Adjunto e […]
E se o pós-25 de Abril não tiver sido como nos têm contado?
Miguel Carvalho, jornalista, falou-nos da rede terrorista de extrema-direita que matou, espancou, pôs bombas e incendiou sedes de partidos de esquerda em Portugal nos primeiros anos de Democracia.
Entrevista a Patrícia Câmara, psicóloga clínica, psicanalista, autora do livro “Depressão na Infância e Relações Objectais”, doutoranda na área da Psicossomática e a
Sílvia Ouakinin, médica psiquiatra nos hospitais de Santa Maria e na CUF Infante Santos, doutorada em Psiquiatria e Saúde Mental, professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. São ambas dirigentes da Sociedade Portuguesa de Psicosomática.
Jéssica Lopes fala sobre o processo por que passam imigrantes quando chegam a Portugal e sobre as mudanças e protestos que têm ocorrido nos últimos meses.
No passado domingo, dia 12 de Novembro, a equipa do É Apenas Fumaça saiu à rua, viajando de autocarro com várias dezenas de imigrantes e ativistas desde a Rua da Madalena, na Baixa de Lisboa, até à Zambujeira do Mar, em Odemira, no Alentejo, para dar voz ao ImigrArte Itinerante. A freguesia onde dezenas de […]
A 27 de Outubro de 2017, o parlamento catalão declarou a independência da comunidade autónoma. Como surgiu a questão independentista? Como é que o movimento cresceu tanto? Os catalães devem ou não poder escolher se querem fazer parte de Espanha?
“Que o estado seja tão forte que não necessite ser violento” lia-se num panfleto de propaganda do Estado Novo. Era este o lema de Salazar. Matar era uma falha do sistema. O que se queria, antes, era que o povo não pensasse na política, não se manifestasse, não falasse, não saísse à rua, não reagisse. […]
Ouve aqui a narração deste Atualidade: Quando os funcionários da delegação regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) de Lisboa passarem a porta do número 20 da Avenida António Augusto de Aguiar verão um cenário pouco habitual. Cerca de 20 imigrantes do Paquistão, Índia, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka pernoitaram nas escadas toda a […]
Junho é o mês do Orgulho por causa dos acontecimentos no Stonewall-Inn, um bar em Nova Iorque, onde a 28 de junho de 1969 teve lugar uma das primeiras revoltas das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, Intersexo (LGBTI) contra as agressões policiais. Há celebrações em todo o mundo e também por cá, como a Marcha do Orgulho de Lisboa e do Porto ou o Arraial Pride. Falámos com Sérgio Vitorino, ativista de mil e uma causas pela igualdade, co-fundador da Marcha do Orgulho de Lisboa e do coletivo Panteras Rosa, entre outros, para entender o que tem sido a história dos movimentos arco-íris em Portugal, nas últimas décadas. Orgulho e preconceito.
Aconteceu no ano passado, em novembro. Saí de casa e o prédio da frente tinha uma fachada nova. Tapado por andaimes com uma rede verde, dava nas vistas uma grande tela, com design a armar ao pingarelho, a anunciar: “Nasceu um novo projeto em Lisboa feito a pensar em si”.Outrora anódino e sem graça, daqui […]
Em 1999, a Sofia Branco, com quem conversamos no episódio de hoje e que na altura trabalhava no Público, foi a única jornalista a assistir a uma conferência de imprensa em Lisboa. Falava-se de Mutilação Genital Feminina. A partir desse dia trabalhou o tema afincadamente, que na época era completamente desconhecido na sociedade Portuguesa. Meninas […]
Uma conversa sobre os temas que ficam de fora das comemorações do 25 de Abril: o Período Revolucionário em Curso (PREC), o papel dos movimentos de libertação nacional das ex-colónias no derrube do fascismo, as pessoas que deixaram de ser portuguesas a seguir à Revolução e a importância dos movimentos de estudantes. Com Abdulai Djaló, comando africano das Forças Armadas portuguesas na Guiné, Joana Craveiro, diretora artística do Teatro do Vestido, Joana Lopes, ativista anti-fascista, e Miguel Cardina, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
A 27 de Dezembro de 2016, na capa do jornal Público lia-se escrito a vermelho e a amarelo: “O que esperar de 2017 – Dez cronistas do Público antecipam o que vai mudar em Portugal e no mundo”. Logo abaixo deste título estavam enfileirados os tais 10 cronistas com as habituais fotografias que acompanham as […]
Faz hoje uma semana que se iniciou no Algarve uma greve de trabalhadores agrícolas imigrantes, sobretudo homens, que se recusam, entre outras atividades, a apanhar dos pomares a famosa “Laranja do Algarve”. Os protestos têm como alvo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portimão, que os imigrantes acusam de desrespeitar os seus direitos […]
Um conversa sobre sobre música de intervenção e o seu papel na luta de libertação contra o regime do Estado Novo, sobre se ela existe ou tem de existir hoje, passando pelos ideais de músicos como Zeca Afonso e José Mário Branco. Conversámos também sobre o 25 de Abril de 1974 e a revolução que falhou, a cultural.
O que é que uma mulher, muçulmana, especialista sobre o Islão e sociedades muçulmanas na Universidade de Cambridge e investigadora associada no CEI-IUL, tem a dizer sobre o Islão? Conversámos com Faranaz Keshavjee, neste segundo episódio da nossa série de religião. Falámos sobre o início do Islão, do Alcorão, dos direitos das mulheres, de terrorismo e do daesh, e muitos outros temas.
Numa entrevista ao Francisco Louçã sobre capitalismo, falámos sobre a história e o capitalismo atual, sobre neo-liberalismo e a sua influência no processo democrático, e em instituições como a União Europeia. Olhámos também para o futuro. Procurámos debruçar-nos sobre para onde seguem as sociedades capitalistas. Quais as várias transformações que podem vir a sofrer numa era onde a inovação tecnológica acontece a uma velocidade estonteante?
Conversámos com o sociólogo António Pedro Dores, membro da Associação Contra a Exclusão e pelo Desenvolvimento, sobre as prisões como mecanismo de discriminação e legitimação, o ciclo vicioso da institucionalização, a corrupção nos serviços prisionais e no sistema judicial, e os contornos perversos do proibicionismo.
Juan Branco, assessor jurídico da Wikileaks e membro da equipa de defesa de Julian Assange, fala sobre o papel dos whistleblowers na Democracia.
Na “Manifestação: direitos iguais e documentos para todos”, a 13 de Novembro no Martim Moniz, diversas associações, movimentos e milhares de cidadãos reuniram-se pelos direitos dos imigrantes, abafando o contraprotesto mediático do Partido Nacional Renovador.
Estivemos na manifestação “Salvar o Clima, Parar o Petróleo” e recolhemos testemunhos de pessoas comuns. Falámos sobre as alterações climáticas, e o papel do governo Português em resposta às mesmas com o Pedro Santos. Falámos do North Dakota Access Pipeline com a Maria José. E sobre o TTIP com o Sérgio. Procurámos saber quem eram, porque estavam ali e o que exigiam que fosse diferente.
Conversámos sobre racismo na Cova da Moura, com Flávio Almada, rapper e ativista, também conhecido por LBC. Abordámos a história do racismo e da sua evolução; falámos sobre colonialismo português e a continuidade colonial; sobre a supressão de presunção de inocência dentro dos bairros periféricos e do tipo de cobertura que os media tradicionais fazem destes mesmos bairros, principalmente quando existem casos de brutalidade policial.
Entrevistámos o ativista, jornalista e investigador Domingos da Cruz sobre as eleições em Angola, o autoritarismo do regime e a censura da imprensa. E ainda sobre as consequências das revoluções na Líbia e na Síria e a influência do capital angolano na comunicação social portuguesa.
Numa série sobre a religião, falámos sobre ateísmo com o Ricardo Araújo Pereira. Uma entrevista surpreendentemente séria sobre Deus, sobre o mal associado à religião, a noção de culpa e pecado, o medo da morte.
Conversámos com José Miguel Pereira, engenheiro florestal e investigador, sobre as estratégias de proteção civil, a desvalorização da prevenção, a complexidade de lidar com um território maioritariamente privado e fragmentado, as lógicas nos processos de reflorestação, mas sobretudo, o que não tem sido feito para proteger as florestas e a paisagem rural em Portugal.
Marta Araújo estudou 80 manuais escolares de História em Portugal, desde o 25 de Abril. Quis perceber como os manuais narram o colonialismo, a escravatura; como representam visualmente os africanos e os escravos; como contam a estória das lutas da libertação. Conversámos sobre tudo isso, e sobre o papel que estes mesmos manuais escolares têm na perpetuação da ideia do eurocentrismo em Portugal.
Convidámos a Beatriz Gomes Dias, professora de Biologia no agrupamento de escolas Filipa de Lencastre e ativista e uma das fundadoras das Djass – Associação de Afrodescendentes. Faz também parte da Comissão Política do Bloco de Esquerda. Desta vez, e aproveitando a sua experiência particular como professora negra e na militância política, aprofundámos o racismo […]
Será que essas relações estão a ser bem exploradas e cultivadas? Quais as implicações para Portugal, de eventos como as eleições Americanas ou o Brexit? Falámos com Bernardo Pires de Lima, investigador em relações internacionais, sobre a política externa Portuguesa, ou a falta dela.
Conversámos com Bárbara Rosa, jurista e investigadora, sobre transparência, gestão pública e corrupção, sobre o papel do Ministério Público no caso dos submarinos, sobre whistleblowers e Democracia Direta.
Entrevista a Cristina Roldão, socióloga e investigadora do ISCTE-IUL, e Pedro Abrantes, sociólogo e investigador na área da Educação, sobre o impacto da origem africana no sucesso e percurso escolares, o problema português das elevadas taxas de reprovação no 1º ciclo, a segregação prevalente.
Em conversa com a jornalista Joana Gorjão Henriques, questionámos o que os manuais escolares nos contam sobre o colonialismo português. Falámos sobre racismo, escravatura e um passado que se parece varrer para debaixo do tapete.
Será a homofobia um não-assunto em Portugal? Conversámos com Miguel Vale de Almeida, antropólogo, ativista pelos direitos LGBT.
Conversámos com Luaty Beirão sobre o que se passa em Angola, o futuro do movimento, inspiração da Primavera Árabe e a (não) intervenção do governo português.
Conversámos com o investigador António Brito Guterres sobre papel dos territórios na exclusão social, a representatividade democrática das comunidades e sobre os movimentos grassroots em Portugal e no Mundo.
Conversámos com Pedro Magalhães, doutorado em Ciência Política, sobre a ideia que temos de Democracia, sobre abstenção, o comportamento dos jovens e como eles participam na política, sobre se os portugueses estão satisfeitos com a Democracia e se a continuam a preferi-la em relação a uma ditadura.
Conversámos com Daniel Oliveira, jornalista e colunista, sobre o papel da Comunicação Social e a sua pluralidade, sobre o estado do jornalismo e a seriedade dos jornalistas, sobre o futuro dos media como negócio e a consequência desse futuro para a sociedade.
Conversámos com Rui Tavares, historiador e ex-eurodeputado sobre o Projeto Europeu, a história da Europa, o facto de termos uma união monetária mas não política, o papel do Parlamento Europeu, a soberania dos povos e o futuro dos países do sul.