O nosso site utiliza cookies e recolhe dados estatísticos. Fazemos isso para melhorar a forma como te apresentamos o jornalismo que fazemos.
Jornalismo independente, progressista e dissidente
Como se faz quarentena sem uma casa? Conversámos com as pessoas que resistem nas ruas de Lisboa, com ou sem pandemias, mesmo quando o distanciamento social e a quarentena são impossíveis.
Setenta anos depois da Nakba, não há paz à vista. Artigo de opinião de Ricardo Esteves Ribeiro.
Nas eleições legislativas de 1975, foram eleitas 19 mulheres e 231 homens (7,6% contra 92,4%). Mas, desde essa altura, muito mudou no que toca à representação parlamentar. No passado 6 de outubro, foi eleito o Parlamento com o maior número de mulheres de sempre – 86 contra 144 – uma percentagem acima da média europeia.
Mas fará desta a Assembleia da República mais feminista? Ao vivo no Trampolim Gerador, conversámos sobre as diferentes “vagas” do movimento feminista, de feminismo interseccional, de feminismo negro e do que falta fazer em Portugal. Como convidadas, tivemos Alexa Santos, assistente social, mestre em estudos de género, sexualidade e teoria queer pela Universidade de Leeds e diretora do departamento de Género e Feminismos do INMUNE – Instituto da Mulher Negra em Portugal e Manuela Tavares, fundadora e membro da direção da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e doutorada em Estudos sobre as Mulheres pela Universidade Aberta.
Os resultados das eleições legislativas de 6 de outubro abrem caminho para um governo PS sem maioria absoluta. Qual o impacto do novo Parlamento na Saúde? Como será regulamentada a Lei de Bases da Saúde? Que investimento terá o Serviço Nacional de Saúde nos próximos quatro anos?
Durante a noite eleitoral, Ana Matos Pires, psiquiatra, coordenadora regional da saúde mental no Alentejo e Sofia Crisóstomo, co-coordenadora do projeto “Mais Participação, Melhor Saúde”, analisam o impacto que os resultados das eleições legislativas de 2019 poderão ter no SNS e no acesso à Saúde.
As eleições legislativas do passado domingo trouxeram resultados históricos: este será o Parlamento com mais mulheres, com mais partidos e o primeiro com três mulheres negras – Joacine Katar Moreira, Romualda Fernandes e Beatriz Gomes Dias. Ao mesmo tempo, foi eleito um deputado da extrema-direita racista e xenófoba.
Inocência Mata, professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e Susana Peralta, professora de Economia na Universidade Nova SBE, falam sobre os resultados eleitorais, a formação de governo e a diversidade do novo Parlamento.
O Partido Socialista ganhou as eleições e dele dependem possíveis alterações à legislação laboral. Muitas das medidas aplicadas no tempo da troika ainda não foram revertidas e, José Nuno Matos, sociólogo do trabalho, acha que o Governo se comportou como um agente duplo, tentando “agradar à esquerda e agradar às associações patronais”. Ao mesmo tempo, a geringonça não conseguiu o que queria porque, defende, a esquerda esteve “mais focada nas instituições e menos nas ruas”. Danilo Moreira, ativista e presidente Sindicato dos Trabalhadores de Call Center, considera que “o sindicalismo está a renovar-se” e que “os novos sindicatos são mais democráticos”.
Estará a maioria de esquerda no Parlamento à altura do que é necessário fazer para combater as alterações climáticas e preparar o país para as suas consequências? Pedro Bingre do Amaral, professor no Politécnico de Coimbra, diz que “é da essência da esquerda propor que o consumo vai estar ao alcance de todos”, mas “isso deixou de ser possível”. Já Diogo Silva, ativista no Climáximo, entende que “um país como Portugal não pode continuar a consumir à velocidade que consome”.
Emissão Especial Eleições Legislativas 2019. Em direto a partir das 20h15
A partir de 7 de Outubro de 2019, a família de Pedro Salgado pode ser despejada a qualquer momento. Mas a sua história, da companheira, Julieta Salgado, e dos três filhos, está longe de ser única. Hoje, 1 de Outubro de 2019, entra em vigor a primeira Lei de Bases da Habitação nacional.
Nesta entrevista, conversamos com Helena Amaro, doutoranda em Arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto e pelo CHAIA – Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora. Falámos sobre a dependência e os apoios ao veículo particular em detrimento dos transportes públicos, da descentralização da gestão dos transportes, da acessibilidade fora dos centros urbanos e da mobilidade como fator de ascensão social.
Entrevista gravada ao vivo, durante o festival Paredes de Coura, com o escritor Valter Hugo Mãe, sobre literatura, cultura, feminismo e racismo. Uma conversa com o autor de livros como “o remorso de baltazar serapião”, vencedor do Prémio Literário José Saramago em 2007; “a máquina de fazer espanhóis”, que venceu o Grande Prémio Portugal Telecom Melhor Livro do Ano e o Prémio Portugal Telecom Melhor Romance do Ano, em 2010, ou os mais recentes “A desumanização”, de 2013, e “Homens imprudentemente poéticos”, de 2016.
É imenso o hiato entre a qualidade e diversidade dos profissionais da cultura em Portugal e o financiamento que lhes é disponibilizado, acredita Elisabete Paiva, produtora e programadora. O problema ao nível autárquico e estatal – disse-lhe, algumas vezes, a experiência – não é a falta de dinheiro, mas de visão. A multi-instrumentista e compositora Ana Bento conta como é, por vezes, dura a vida de quem “só” vive da arte e, por escolha, não é nómada. Um debate ao vivo, no Festival Bons Sons, para pensar os principais temas das eleições de outubro.
Para Rogério Roque Amaro, professor universitário, especialista em economia social, o Interior “são todos os territórios que o capitalismo marginalizou, para marcar a sua lógica de crescimento”.
Maria do Carmo Bica, engenheira agrícola, não andará muito distante da análise, quando olha para a forma como os poderes locais fomentam nesses territórios a criação de emprego: “Temos os municípios a instalar parques industriais para capital estrangeiro que vem à procura de mão-de-obra barata. Não é isso de que precisamos no Interior.” De que precisa afinal, quem não vive no litoral urbano? Da regionalização? De mais organizações de base comunitária? De mais Estado? De serviços públicos?
Um debate ao vivo no Festival Bons Sons 2019 para pensar os principais temas das eleições de outubro.
Em entrevista ao Fumaça, a ex-vereadora da Habitação da cidade de Lisboa (2009-2013), ainda deputada à Assembleia da República como independente nas listas do PS, e presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, admite que falhou ao não prever as mudanças no mercado imobiliário. Explica que foi António Costa, à época presidente da Câmara Municipal, quem pressionou para “alienar o mais possível” o património da capital.
Na noite das eleições europeias de 2019, Manuel Dias dos Santos, sociólogo e historiador, e Riccardo Marchi, historiador, analisaram de que forma o crescimento da extrema-direita e dos populismos condicionaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.
Na noite das eleições europeias de 2019, Sofia Oliveira, da Greve Climática Estudantil, e José Luís Monteiro, da Oikos, analisaram de que forma as alterações climáticas e o ambiente condicionaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.
Na noite das eleições europeias de 2019, Rita Gaspar, ativista na Humans Before Borders, e Diaby Abdourahamane, refugiado da Costa do Marfim em Portugal, desde 2007, e fundador da Associação dos Refugiados em Portugal, analisaram de que forma as políticas migratórias e de ajuda a refugiados moldaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.
Quando Mory Camara fugiu da Guiné-Conacri nunca pensou vir para a Europa, queria apenas estar em segurança. Um ano e meio depois, atravessava o Mar Mediterrâneo pela quarta vez, depois de meses de tortura e escravatura na Líbia. Foi resgatado pela Sea Watch com mais 46 refugiados, a 19 de janeiro de 2019. Mas a sua viagem não acabou aí.
Samir Joubran nasceu na Nazaré, Palestina. É um dos três irmãos que compõe a banda Le Trio Joubran, a quarta geração de tocadores de oud da família. “Eu gostava que a nossa música não fosse política”, diz, “mas enquanto a Palestina estiver ocupada, a nossa identidade musical continuará sob ocupação”. Vê aqui a reportagem.
Hugo Chávez tomou o poder em 1999. Nos primeiros anos 10 anos, as iniciativas sociais produziram resultados: o analfabetismo foi erradicado, a pobreza diminui drasticamente, o PIB per capita aumentou e a Venezuela tornou-se o país menos desigual da América Latina. Mas com a descida do preço do petróleo, já com Maduro, a partir de 2013, surgiu a crise económica, social e política.
Milhares de pessoas foram para as ruas. Entre fevereiro e junho de 2014, 3.300 pessoas, incluindo menores, foram detidas; foram reportados 150 casos de tratamento desumano, muitos deles de tortura; 43 pessoas foram mortas. Líderes políticos da oposição foram presos.
No passado janeiro, ao mesmo tempo que se agudiza a grave crise humanitária, Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e líder do partido Voluntad Popular, auto-proclamou-se presidente da Venezuela. Poucos dias depois, tinha já sido reconhecido por vários países e instituições: Parlamento Europeu, a maior parte dos países da UE, Estados Unidos da América, Brasil, entre outros.
Mas que papel tem em tudo isto o petróleo venezuelano?
Nesta entrevista, falamos sobre os últimos 20 anos da política venezuelana com quem a viveu por dentro. Mónica Gandarez é venezuelana e portuguesa, formada Relações Internacionais na Universidade de Coimbra, ex-professora de Relações Internacionais e Introdução ao Mundo Islâmico na Universidade de Santamaría, em Caracas, e trabalha em desenvolvimento internacional na Academia de Código. Vê aqui.
Segundo a ONU, mais de 100 mil refugiados chegaram à Europa em 2018 depois de atravessarem o Mar Mediterrâneo – muitos em barcos de borracha deficientes -, milhares desapareceram durante a viagem. Miguel Duarte faz parte da tripulação do Iuventa, um navio que resgatou mais de 14 mil pessoas refugiadas. Agora, é acusado pelo Ministério Público italiano de ajuda à imigração ilegal. E não é o único. Várias organizações não-governamentais de busca e salvamento têm sido travadas judicialmente, naquilo que Miguel chama de “campanha para acabar com o resgate marítimo”, por parte da União Europeia.
Cristina de Branco, antropóloga, filha e neta de exiladas políticas da ditadura militar brasileira: “Como é que será ter um presidente abertamente misógeno, homofóbico, racista, num país que tem uma taxa de feminicídio altíssima, e que tem uma taxa de violência homofóbica altíssima, e no qual existe um genocídio negro indígena em curso… A gente vê muita sombra, realmente”
Jair Bolsonaro venceu as eleições brasileiras com 55% dos votos válidos. Fernando Haddad, o candidato derrotado, teve 45% da votação. O Brasil acaba de eleger como presidente um racista, homofóbico, machista, xenófobo, defensor da tortura e da ditadura.
É o tudo ou nada nas eleições gerais no Brasil. Disputado entre os candidatos Jair Bolsonaro, do Partido Social Liberal, e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, este segundo turno promete ficar na história do maior país da América do Sul. Segue as últimas informações, ao minuto, na nossa conta no Twitter e no nosso Facebook. Aqui, podes acompanhar tudo […]
A duas semanas do segundo turno das eleições gerais brasileiras, conversamos com Danilo Thomaz, jornalista e coordenador de comunicação da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Falámos sobre os erros do Partido dos Trabalhadores durante os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff, a ameaça autoritária de Jair Bolsonaro, a violência durante a campanha, que já fez mais de 70 vítimas, e a homofobia e transfobia no Brasil.
No dia seguinte ao primeiro turno das eleições brasileiras, analisámos a vitória de Bolsonaro, o desempenho do Partido dos Trabalhadores, e o que poderá acontecer até ao dia 28, data da segunda volta. Convidámos Débora Dias, de Fortaleza, no Ceará, doutorada em História Contemporânea, pela Universidade de Coimbra; Marcos Lacerda, de São Paulo, ex-diretor do Centro da Música da Funarte/Ministério da Cultura do Brasil e Maíra Zenun, do Rio de Janeiro, doutoranda em Sociologia, pela Universidade Federal de Goiás e coordenadora da Mostra Internacional de Cinema na Cova, na Amadora.
Quem matou Marielle Franco? Conversamos com Mônica Benício, viúva de Marielle e ativista pelos Direitos Humanos. Falamos sobre a investigação do assassinato da ex-vereadora, do seu legado político, da intervenção militar no Rio de Janeiro, e da importância do movimento feminista brasileiro contra o candidato Jair Bolsonaro.
Eric Nepomuceno viveu a ditadura do Brasil antes de se mudar para Buenos Aires, Argentina. Jornalista, escritor e tradutor de escritores como Gabriel García Márquez ou Eduardo Galeano diz que, hoje, a “situação (no Brasil) é muito próxima a um Estado de exceção”. Aos 70 anos, não tem dúvidas: “roubaram o país e agora não sabem o que fazer com ele”. Nesta entrevista, analisa as várias candidaturas à presidência nas eleições gerais brasileiras, cuja primeira volta acontecerá a 7 de outubro.
Faz hoje 24 anos desde que o primeiro documento dos Acordos de Oslo foi assinado, mas a paz que prometiam parece cada vez mais longe. Entrevistámos, em Junho deste ano, Ben Ehrenreich, jornalista americano e autor de “The Way to the Spring: Life and Death in Palestine”. Conversámos sobre o Estado de Israel, que classifica como “apartheid, e ferozmente racista e assassino”, sobre como a Autoridade Palestiniana, governo interino criado pelos Acordos, perpetua a ocupação com o seu regime autoritário e repressivo, sobre a interferência dos Estados Unidos da América e ainda sobre Ahed Tamimi, ativista palestiniana presa com 17 anos e libertada, mais tarde, oito meses depois.
No episódio de hoje, falamos sobre a resistência palestiniana: das Intifadas, à luta armada. Da Fatah, ao Hamas. Do BDS, à solução de um ou dois Estados.
Margarida Tengarrinha, militante anti-fascista de 90 anos, viveu quase 20 na clandestinidade, com identidades falsas, antes do 25 de Abril. Até esse dia, foi Teresa, Leonor, Marta, Beatriz. Só com a revolução pode voltar a ser ela própria. Trabalhou com Álvaro Cunhal em Portugal e Moscovo e teve o seu companheiro, José Dias Coelho, morto às mãos da PIDE, em 1961.
No episódio de hoje, vamos perceber a história de Jerusalém e porque parece ser o epicentro de tudo o que acontece. Vamos ainda recordar os Acordos de Oslo, a forma como eles condicionam a ocupação efetiva e ouvir o que pensa alguém que cresceu num colonato.
A ativista e feminista fala-nos de pessoas trans e intersexo, da Lei da autodeterminação da identidade e expressão de género, vetada pelo Presidente da República, e da retirada da transexualidade da classificação internacional das doenças da Organização Mundial de Saúde.
Todos os anos, mais de 500 menores palestinianos, a partir dos 12 anos, são presos pelo estado Israelita: julgados por tribunais militares, detidos e interrogados contra as regras da Convenção da ONU sobre os Direitos da Criança. Neste episódio, percebemos como isto acontece.
Em Hebron, há ruas só para colonos, bairros só para colonos, onde os palestinianos não podem passar.
Neste episódio vamos até Belém conhecer a história de Anas. Como é viver no Aida Camp, um campo de refugiados palestinianos onde todos os dias o exército israelita faz rusgas, atira bombas de gás lacrimogéneo, granadas de atordoamento, canhões de água de esgoto e dispara armas de fogo?
Em entrevista, Ilan Pappé, historiador israelita, acusa o seu país de levar a cabo um processo de “limpeza étnica” na Palestina e de implementar um Estado colonial de apartheid, afirmando que este deve ser julgado por crimes de guerra.
De Ramallah vê-se Telavive, é perto. Não fosse o muro, os postos de controlo, o exército, o trânsito caótico, que separam as capitais da Palestina e de Israel. Uma viagem de 4 horas, com tempo para perceber como há décadas um povo coloniza outro.
Da ditadura militar, no Brasil, ao regime socialista de Allende, no Chile, destruído por Pinochet; do 25 de Abril de 1974, à eleição de Lula. Zillah Branco, 81 anos, passou a vida a lutar pela Revolução.
Um debate sobre as comunidades ciganas e o papel da mulher cigana enquanto veículo de mudança, no Festival Política 2018.
Onde estão planeados furos de petróleo e gás em Portugal? Que empresas querem que isso aconteça? Quem se opõe? E Governo, o que tem feito? Uma súmula da situação, a propósito da manifestação “Enterrar de vez o Furo, Tirar as petrolíferas do Mar”.
A cobertura, em direto, da manifestação “Enterrar o furo, tirar as petrolíferas do mar”, que opõe à exploração de petróleo e gás em Portugal.
Texto de opinião de Maria Almeida sobre as demolições no Bairro 6 de Maio, na Amadora.
Notícias de tiroteios, perseguições de última hora, agressões à polícia e nas escolas. É assim que Chelas é apresentada nos telejornais e nas manchetes dos jornais portugueses. Um antro de violência a menos de dez estações de metro ou 15 minutos de carro da Praça do Comércio, onde turistas queimados pelo sol bebem gins tónicos […]
Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo, falou-nos da cultura de impunidade que se sente nas forças de segurança portuguesa e dos casos de violência policial por que sofrem negros em Portugal.
José Sócrates, em entrevista ao Fumaça sobre os seus anos de governação. Da reforma da floresta ao Plano Nacional de Barragens, da avaliação dos professores, ao Caso Freeport e à austeridade. Vê aqui.
Entre 1999 e 2001, 4 Parcerias Público-Privadas para a construção de autoestradas foram assinadas com a Ascendi, que na altura pertencia ao Grupo Mota-Engil: as auto-estradas do Norte, Costa de Prata e Beiras Litoral e Alta. Jorge Coelho era então Ministro de Estado e do Equipamento Social. Luís Parreirão era Secretário de Estado Adjunto e […]
E se o pós-25 de Abril não tiver sido como nos têm contado?
Miguel Carvalho, jornalista, falou-nos da rede terrorista de extrema-direita que matou, espancou, pôs bombas e incendiou sedes de partidos de esquerda em Portugal nos primeiros anos de Democracia.
Jéssica Lopes fala sobre o processo por que passam imigrantes quando chegam a Portugal e sobre as mudanças e protestos que têm ocorrido nos últimos meses.
No passado domingo, dia 12 de Novembro, a equipa do É Apenas Fumaça saiu à rua, viajando de autocarro com várias dezenas de imigrantes e ativistas desde a Rua da Madalena, na Baixa de Lisboa, até à Zambujeira do Mar, em Odemira, no Alentejo, para dar voz ao ImigrArte Itinerante. A freguesia onde dezenas de […]
A 27 de Outubro de 2017, o parlamento catalão declarou a independência da comunidade autónoma. Como surgiu a questão independentista? Como é que o movimento cresceu tanto? Os catalães devem ou não poder escolher se querem fazer parte de Espanha?
“Que o estado seja tão forte que não necessite ser violento” lia-se num panfleto de propaganda do Estado Novo. Era este o lema de Salazar. Matar era uma falha do sistema. O que se queria, antes, era que o povo não pensasse na política, não se manifestasse, não falasse, não saísse à rua, não reagisse. […]
Ouve aqui a narração deste Atualidade: Quando os funcionários da delegação regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiros (SEF) de Lisboa passarem a porta do número 20 da Avenida António Augusto de Aguiar verão um cenário pouco habitual. Cerca de 20 imigrantes do Paquistão, Índia, Bangladesh, Nepal e Sri Lanka pernoitaram nas escadas toda a […]
Junho é o mês do Orgulho por causa dos acontecimentos no Stonewall-Inn, um bar em Nova Iorque, onde a 28 de junho de 1969 teve lugar uma das primeiras revoltas das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Trans, Intersexo (LGBTI) contra as agressões policiais. Há celebrações em todo o mundo e também por cá, como a Marcha do Orgulho de Lisboa e do Porto ou o Arraial Pride. Falámos com Sérgio Vitorino, ativista de mil e uma causas pela igualdade, co-fundador da Marcha do Orgulho de Lisboa e do coletivo Panteras Rosa, entre outros, para entender o que tem sido a história dos movimentos arco-íris em Portugal, nas últimas décadas. Orgulho e preconceito.
Em 1999, a Sofia Branco, com quem conversamos no episódio de hoje e que na altura trabalhava no Público, foi a única jornalista a assistir a uma conferência de imprensa em Lisboa. Falava-se de Mutilação Genital Feminina. A partir desse dia trabalhou o tema afincadamente, que na época era completamente desconhecido na sociedade Portuguesa. Meninas […]
Uma conversa sobre os temas que ficam de fora das comemorações do 25 de Abril: o Período Revolucionário em Curso (PREC), o papel dos movimentos de libertação nacional das ex-colónias no derrube do fascismo, as pessoas que deixaram de ser portuguesas a seguir à Revolução e a importância dos movimentos de estudantes. Com Abdulai Djaló, comando africano das Forças Armadas portuguesas na Guiné, Joana Craveiro, diretora artística do Teatro do Vestido, Joana Lopes, ativista anti-fascista, e Miguel Cardina, investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
A 27 de Dezembro de 2016, na capa do jornal Público lia-se escrito a vermelho e a amarelo: “O que esperar de 2017 – Dez cronistas do Público antecipam o que vai mudar em Portugal e no mundo”. Logo abaixo deste título estavam enfileirados os tais 10 cronistas com as habituais fotografias que acompanham as […]
Jéssica Lopes, ativista da Solidariedade Imigrante e investigadora no CIES, retrata a condição do imigrante indocumentado em Portugal.
Alexandre Farto será o mais conhecido artista plástico a trabalhar as ruas portuguesas. Reflete nesta entrevista sobre a ligação entre a sua arte e o ativismo.
Domingos da Cruz, ativista angolano pela democracia em Angola, professor de Direitos Humanos, Filosofia e Teoria da Educação, investigador, jornalista e coordenador do Observatório da Imprensa e da Comunicação, lida com a influência do Regime Angolano também no espaço acadêmico.
Maria Antónia Palla, feminista emblemática, jornalista, e ativista pelos direitos das mulheres, confronta o sexismo em Portugal há décadas.
Sham, nome fictício, vive a guerra civil Síria desde os protestos da Primavera Árabe. Fala agora com o Fumaça.
Madrugada de 28 de junho de 1969. A noite seria divertida e extravagante, como sempre no Stonewall-Inn, um bar em Nova Iorque, EUA. Música, álcool, drogas e muita gente fora da norma. A polícia apareceu para uma das habituais rusgas. Voltou a bater e prender a clientela habitual: gays, lésbicas, transexuais, pessoas travestidas, migrantes. Mas […]
Nas redações portuguesas, os jornalistas indignam-se coletivamente por existir um grupo anónimo no Facebook a apontar erros ao seu trabalho. Falámos com um dos administradores d’Os Truques da Imprensa Portuguesa para compreender porquê.
Um conversa sobre sobre música de intervenção e o seu papel na luta de libertação contra o regime do Estado Novo, sobre se ela existe ou tem de existir hoje, passando pelos ideais de músicos como Zeca Afonso e José Mário Branco. Conversámos também sobre o 25 de Abril de 1974 e a revolução que falhou, a cultural.
O Plano Nacional de Barragens, apresentado como indispensável para o cumprimento de metas ambientais e com o objectivo de aproveitar o potencial hídrico português, acarreta, também, custos para os contribuintes e para o ambiente. Conversámos com a Ana Brazão e o Pedro Santos, do projeto Rios Livres GEOTA, que têm desempenhado um papel muito ativo na divulgação do impacto social e ambiental do plano junto das populações locais e na sensibilização da opinião pública, mas também do poder local e central, para a emergência de uma discussão séria e inclusiva sobre as reais necessidades de investimento em megaprojetos de produção de energia hidroelétrica.
Conversámos com a Rita Silva, Técnica de Desenvolvimento Comunitário, membro do Bloco de Esquerda e do Habita – Colectivo pelo Direito à Habitação e à Cidade, sobre as famílias que estavam ao abrigo do Programa Especial de Realojamento; sobre quem ficou de fora e que alternativas lhes foram apresentadas; sobre como foram feitas as demolições dos bairros de barracas, e como foram feitos os realojamentos; sobre o Direito à Habitação, e sobre quem tem acesso a ele.
O que é que uma mulher, muçulmana, especialista sobre o Islão e sociedades muçulmanas na Universidade de Cambridge e investigadora associada no CEI-IUL, tem a dizer sobre o Islão? Conversámos com Faranaz Keshavjee, neste segundo episódio da nossa série de religião. Falámos sobre o início do Islão, do Alcorão, dos direitos das mulheres, de terrorismo e do daesh, e muitos outros temas.
Na “Manifestação: direitos iguais e documentos para todos”, a 13 de Novembro no Martim Moniz, diversas associações, movimentos e milhares de cidadãos reuniram-se pelos direitos dos imigrantes, abafando o contraprotesto mediático do Partido Nacional Renovador.
Estivemos na manifestação “Salvar o Clima, Parar o Petróleo” e recolhemos testemunhos de pessoas comuns. Falámos sobre as alterações climáticas, e o papel do governo Português em resposta às mesmas com o Pedro Santos. Falámos do North Dakota Access Pipeline com a Maria José. E sobre o TTIP com o Sérgio. Procurámos saber quem eram, porque estavam ali e o que exigiam que fosse diferente.
Conversámos sobre racismo na Cova da Moura, com Flávio Almada, rapper e ativista, também conhecido por LBC. Abordámos a história do racismo e da sua evolução; falámos sobre colonialismo português e a continuidade colonial; sobre a supressão de presunção de inocência dentro dos bairros periféricos e do tipo de cobertura que os media tradicionais fazem destes mesmos bairros, principalmente quando existem casos de brutalidade policial.
Entrevistámos o ativista, jornalista e investigador Domingos da Cruz sobre as eleições em Angola, o autoritarismo do regime e a censura da imprensa. E ainda sobre as consequências das revoluções na Líbia e na Síria e a influência do capital angolano na comunicação social portuguesa.
Numa série sobre a religião, falámos sobre ateísmo com o Ricardo Araújo Pereira. Uma entrevista surpreendentemente séria sobre Deus, sobre o mal associado à religião, a noção de culpa e pecado, o medo da morte.
Conversámos com José Miguel Pereira, engenheiro florestal e investigador, sobre as estratégias de proteção civil, a desvalorização da prevenção, a complexidade de lidar com um território maioritariamente privado e fragmentado, as lógicas nos processos de reflorestação, mas sobretudo, o que não tem sido feito para proteger as florestas e a paisagem rural em Portugal.
Marta Araújo estudou 80 manuais escolares de História em Portugal, desde o 25 de Abril. Quis perceber como os manuais narram o colonialismo, a escravatura; como representam visualmente os africanos e os escravos; como contam a estória das lutas da libertação. Conversámos sobre tudo isso, e sobre o papel que estes mesmos manuais escolares têm na perpetuação da ideia do eurocentrismo em Portugal.
Convidámos a Beatriz Gomes Dias, professora de Biologia no agrupamento de escolas Filipa de Lencastre e ativista e uma das fundadoras das Djass – Associação de Afrodescendentes. Faz também parte da Comissão Política do Bloco de Esquerda. Desta vez, e aproveitando a sua experiência particular como professora negra e na militância política, aprofundámos o racismo […]
Será que essas relações estão a ser bem exploradas e cultivadas? Quais as implicações para Portugal, de eventos como as eleições Americanas ou o Brexit? Falámos com Bernardo Pires de Lima, investigador em relações internacionais, sobre a política externa Portuguesa, ou a falta dela.
Conversámos com Bárbara Rosa, jurista e investigadora, sobre transparência, gestão pública e corrupção, sobre o papel do Ministério Público no caso dos submarinos, sobre whistleblowers e Democracia Direta.
Entrevista a Cristina Roldão, socióloga e investigadora do ISCTE-IUL, e Pedro Abrantes, sociólogo e investigador na área da Educação, sobre o impacto da origem africana no sucesso e percurso escolares, o problema português das elevadas taxas de reprovação no 1º ciclo, a segregação prevalente.
Em conversa com a jornalista Joana Gorjão Henriques, questionámos o que os manuais escolares nos contam sobre o colonialismo português. Falámos sobre racismo, escravatura e um passado que se parece varrer para debaixo do tapete.
Será a homofobia um não-assunto em Portugal? Conversámos com Miguel Vale de Almeida, antropólogo, ativista pelos direitos LGBT.
Conversámos com Luaty Beirão sobre o que se passa em Angola, o futuro do movimento, inspiração da Primavera Árabe e a (não) intervenção do governo português.
Conversámos com o investigador António Brito Guterres sobre papel dos territórios na exclusão social, a representatividade democrática das comunidades e sobre os movimentos grassroots em Portugal e no Mundo.
Conversámos com Pedro Magalhães, doutorado em Ciência Política, sobre a ideia que temos de Democracia, sobre abstenção, o comportamento dos jovens e como eles participam na política, sobre se os portugueses estão satisfeitos com a Democracia e se a continuam a preferi-la em relação a uma ditadura.
Conversámos com Daniel Oliveira, jornalista e colunista, sobre o papel da Comunicação Social e a sua pluralidade, sobre o estado do jornalismo e a seriedade dos jornalistas, sobre o futuro dos media como negócio e a consequência desse futuro para a sociedade.
Conversámos com Rui Tavares, historiador e ex-eurodeputado sobre o Projeto Europeu, a história da Europa, o facto de termos uma união monetária mas não política, o papel do Parlamento Europeu, a soberania dos povos e o futuro dos países do sul.