Polícia

Maria João Vaz sobre a origem das polícias

“Acreditas num mundo sem polícia?”

Esta é uma das perguntas que mais vezes fiz nos últimos meses. Fi-la a ativistas negros da Cova da Moura e da Zona J; a históricos dirigentes anti-racistas; a investigadores e investigadoras; a um ex-ministro da Administração Interna; a agentes da PSP e da GNR; a vítimas de violência policial; a sindicalistas ou membros do Movimento Zero. 

As respostas foram das mais variadas: desde quem pensa que a polícia é irreformável e tem de ser abolida, até quem acredita que ela é imprescindível. Mas se há algo difícil de fazer é realmente imaginar um mundo sem polícia; descrevê-lo; acreditar na sua possibilidade prática. Talvez por ser impossível… ou, talvez, porque fomos ensinados que as polícias sempre existiram. Mas será que é mesmo assim?
Hoje publicamos mais uma entrevista parte da investigação que o Fumaça está a fazer, em parceria com a revista digital de jornalismo narrativo Divergente, sobre violência policial, racismo judicial e o que significa ser polícia em Portugal. Falamos com a historiadora Maria João Vaz, professora do departamento de história no ISCTE-IUL, investigadora do CIES – Centro de Investigação e Estudos De Sociologia e autora do livro “O Crime em Lisboa 1850-1910”.

Título atualizado a 22 de fevereiro de 2023 substituindo a citação “A criação das polícias corresponde à vontade das elites de dominar a população” pelo tema tratado

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