A Fundação Rosa Luxemburgo atribuiu à redação do Fumaça uma bolsa de seis mil euros para continuar a sua investigação sobre brutalidade policial, discriminação na Justiça e o que significa ser polícia em Portugal. O trabalho, em fase de escrita e edição, vem sendo desenvolvido desde 2018 em parceria com a revista narrativa digital Divergente.

Esta é a quarta doação da fundação alemã ao Fumaça, tendo antes apoiado a produção dos dois trabalhos mais ouvidos de sempre do podcast: Desassossego e Exército de Precários. Desde 2020, as bolsas atribuídas pela Fundação Rosa Luxemburgo à redação totalizam 30 500 euros.

O contrato da atual doação está disponível para consulta pública, tal como os contratos que regem todas as bolsas recebidas pelo Fumaça. O podcast segue uma política de transparência radical, quer revelando a sua execução orçamental, quer identificando as suas fontes de financiamento.

Com metade do seu orçamento já coberto pelas doações mensais da Comunidade Fumaça, bolsas como esta garantem que, pelo menos até junho de 2023, é possível ao Fumaça manter empregadas, sem contratos precários e com ordenados dignos, sete pessoas a tempo inteiro e duas a tempo parcial. O Fumaça procura estabelecer a primeira redação profissional portuguesa totalmente financiada pelas pessoas.

Quase 1900 pessoas contribuem mensalmente para a sustentabilidade financeira do Fumaça, tendo acesso exclusivo a eventos de estreia, sessões de Ask Me Anything com especialistas, um clube de discussão, workshops, e acesso antecipado às séries audiodocumentais publicadas pelo podcast.