Danilo Thomaz Voltar

Jornalismo

Redação

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Nasci em Itu, cidade de 150 mil habitantes a 100 km de São Paulo, onde, no século XIX, foi lançada a pedra-fundamental do movimento republicano brasileiro, que depôs o filho de Pedro I (Pedro IV para os portugueses). Saí de lá aos 17 anos, numa véspera de Natal, disposto a nunca mais voltar – como costuma acontecer com quem nasce e cresce em cidades pequenas. Morei em São Paulo por nove anos – quando o Brasil era, mais uma vez, o país do futuro –, morei em Madrid no auge da crise espanhola, voltei a São Paulo no início da crise brasileira. Três anos depois, vim para o Rio de Janeiro, a cidade simbolizada pela imagem do Cristo Redentor de braços abertos. Um Cristo que, como dizia o poeta e compositor Cazuza, “Olha tão longe, além/ com os braços sempre abertos/ mas sem proteger ninguém.” Trabalhei como roteirista até ingressar no jornalismo, em 2010. Fui redator, repórter e locutor de rádio em política na revista Época. Deixei o jornalismo – para onde achei que nunca mais voltaria – anos depois e fui trabalhar no setor cultural. Fui coordenador de comunicação da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), onde fiz de tudo um pouco e um pouco de tudo – lidando, até mesmo, com crimes de ódio. Voltei ao jornalismo em 2017, por meio da imprensa independente, e, na sequência, tornei a colaborar com a revista Época, onde estive até setembro de 2020. Atualmente, no Brasil, colaboro para jornais como o Valor Econômico e faço mestrado em Ciência Política na Universidade Federal Fluminense. Conheci o Fumaça em 2018, num dos momentos mais duros do Brasil: o segundo turno da campanha presidencial que acabou com a eleição de Jair Bolsonaro, deixando pelo caminho uma série de crimes de ódio – agressões, ameaças e assassinatos – que não tinham espaço para denúncia no Brasil, mas foram denunciados aqui e em outros veículos em Portugal, Espanha e Uruguai. Desde então, seguimos tentando explicar um pouco do Brasil a quem nos ouve, vê e lê.