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José Tavares e a revolução impossível
Houve, após o 25 de Abril de 1974, uma hipótese de o povo assumir diretamente o controlo da coisa pública, sem partidos nem representantes, capitalismo nem Estado. Mas os políticos “não estavam virados para aí”. Partidário da anarquia, José Tavares justifica o uso da violência em democracia, para construir hoje, através de ocupações, greves ou assaltos, o mundo que se quer ter amanhã. Mas denuncia a violência espetáculo: o uso da força deve ter um fim, e um inimigo. “O colapso desta civilização”, conta, após décadas de militância, “é uma ambição”.
“A bomba que matou Rosinda Teixeira”, por Maria Almeida
Não conhecia a história de Rosinda Teixeira, assassinada à bomba em 1976 pela extrema-direita, mas foi a vila que me viu crescer, que a viu morrer.
“Em defesa da Rotura – para ti”, por Noah Zino
Talvez hoje revolução seja menos um processo lento e inevitável, e mais o puxar do travão de emergência de uma locomotiva desenfreada, rumo ao abismo.
Ana Gago e Raquel Serdoura sobre habitação e direito à cidade
Ask me Anything com Ana Gago e Raquel Serdoura, representantes do Movimento Referendo pela Habitação, sobre habitação em Lisboa e direito à cidade.
“Casas para quem?” por Margarida David Cardoso
Este texto foi lançado originalmente na nossa newsletter. Se quiseres receber estas crónicas, recomendações de reportagens, podcasts e filmes no teu email, subscreve aqui. Sempre tivemos mais casas do que famílias, dizem os Censos. Em 50 anos, a disponibilidade de casas não acompanhou o crescimento da população: cresceu muito acima disso. Enquanto os residentes aumentaram […]
“Porquê estragar uma boa história com a verdade?” por Ricardo Esteves Ribeiro
A geração que fez o PREC irá eventualmente desaparecer. Não esperemos mais 50 anos para ouvir as suas histórias.
“Georgete, ou o nome que servir a Revolução”, por Rafaela Cortez
Georgete é apenas uma das mulheres que mergulharam na clandestinidade, que abandonaram as terras, as famílias, e até a própria identidade, para lutar contra a ditadura de Salazar e Caetano. E no entanto, raramente ouvimos falar sobre elas.
“O rapaz da rua da Fábrica”, por Margarida Tengarrinha
Margarida Tengarrinha, militante antifascista que viveu cerca de 20 anos na clandestinidade durante a ditadura, escreve “O rapaz da rua da Fábrica”, uma história até hoje nunca contada sobre a vida do seu companheiro Carlos Costa, histórico militante do PCP, que morreu a 6 de setembro de 2021.
“Um jacarandá chamado Sampaio”, por Pedro Miguel Santos
Artigo de opinião de Pedro Miguel Santos, sobre Jorge Sampaio, que considera o melhor Presidente da República, desde o 25 de Abril.
“Limpa a cidade para passar a procissão”, por Margarida David Cardoso
Talvez nos choque que ainda se faça por esconder quem, só pela sua existência, põe em causa a ideia de uma cidade moderna de gente feliz e ruas impolutas. Ainda hoje, há dias em que se limpa a cidade varrendo pessoas.
“Liberdade”, por Maria Teresa Horta
Ainda há pouco acontecia Maria Teresa Horta acordar sobressaltada com a ideia de que a PIDE lhe estava à porta. Tinha que se voltar a surpreender com a recordação do 25 de Abril. “Continua a ser o dia mais feliz da minha vida.” A propósito do aniversário da Revolução, pedimos-lhe um poema. Chamou-lhe Liberdade.
Boinas
O Estado detém o monopólio da violência legal. Mas, se assim é, como se explica a ligação umbilical entre a segurança privada e as forças públicas de autoridade?
Inquietações, uma homenagem a José Mário Branco
Hoje, no dia em que se cumpre um ano após a sua morte, ouvimos as respostas de pessoas anónimas à pergunta: “O que é que te inquieta?”
“Entre pessoas em situação de sem-abrigo e especuladores, a PSP escolhe os últimos”, por Ricardo Esteves Ribeiro
Artigo de opinião de Ricardo Esteves Ribeiro sobre o papel autoritário da PSP durante o despejo ilegal do Seara, em Lisboa.