Eleições Europeias 2019

Análise: José Luís Monteiro e Sofia Oliveira sobre Alterações Climáticas e Ambiente

Na noite em que se revelavam os resultados das eleições europeias 2019, analisámos de que forma as alterações climáticas e o ambiente condicionaram a campanha eleitoral e vão moldar, ou não, a ação do Parlamento Europeu nos próximos anos.

Em estúdio, recebemos Sofia Oliveira, ativista da Greve Climática Estudantil e estudante de sociologia; e José Luís Monteiro, biólogo, gestor de projetos na Organização Não Governamental para o Desenvolvimento Oikos, que participou em várias conferências mundiais da ONU sobre o clima.

Alguns dos seus pensamentos:

Esta ideia de ‘Ah, afinal não são só os partidos; afinal eu também tenho uma voz nisto, afinal eu também posso fazer a mudança’ cativa muitos os jovens.
Sofia Oliveira

Continuamos à procura de uma coisa que não existe, na realidade. Não há crescimento exponencial na natureza, eterno. Não há, ponto. E, portanto, em algum momento tem de se chegar a um limite. E, na realidade, nós estamos a tentar criar com a nossa economia algo que não existe, que é o crescimento exponencial eterno“.
José Luís Monteiro

Nem todos os partidos abordam o problema como um problema do sistema económicos em que vivemos. Há muitos partidos que o abordam a partir de uma narrativa falaciosa de atos individuais. Entram por essa narrativa e recusam-se a olhar para o sistema económico como o principal causador das alterações climáticas“.
Sofia Oliveira

A maior parte do que os partidos portugueses dizem ou, pelo menos, alguns deles dizem é como pôr um checkzinho e dizer: ‘alterações climáticas, check, já está; género, check, também já está’. Não são sequer intenções. São palavras ocas, muitas vezes“.
José Luís Monteiro

“Sempre dissemos que Portugal não estava a fazer o suficiente, porque não há nenhum país, no mundo inteiro, que esteja a fazer o suficiente. E é isso que dizemos no nosso comunicado. Portugal pode estar na vanguarda, mas está na vanguarda da mediocridade”.
Sofia Oliveira

Não há vontade política, neste momento, na Europa, para reconhecer refugiados climáticos e refugiados ambientais.
José Luís Monteiro

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